Publicada em 04 de Julho de 2013 �s 18h12
A greve dos caminhoneiros que completou quatro dias nesta quinta-feira (4) refletiu no abastecimento de alguns produtos comercializados na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi). Produtos perecíveis como a batata, abacate, tangerina, cenoura, laranja e beterraba já começam a faltar nos atacadistas do mercado e, com a pouca oferta dos produtos, os preços são elevados. No varejo, o quilo da batata que custava R$ 3 passou a ser vendida por R$ 5. No atacado, a saca, com 50 quilos, passou de R$ 104 para R$ 200.
De acordo com Alberto Monteiro Neto, diretor presidente do órgão, cerca de 15% dos caminhões que fazem o abastecimento da Ceapi não chegaram. "Dos 115 caminhões que entram no mercado para abastecer o nosso estado e parte do Maranhão de frutas e verduras, cerca de 20 não chegaram até aqui”.
Alberto esclarece que esses veículos vinham da Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Goiás e Brasília.
O permissionário Bernardo Pereira que tem uma rede de lojas na Ceapi e comercializa hortifrutis no local há 36 anos, disse que a batata custava R$ 3 nessa quarta-feira (3), mas agora é vendida por R$ 5. “O preço subiu de ontem para hoje em todas as lojas e bancas. Alguns caminhões que deveriam trazer os produtos não chegaram e prejudicou o abastecimento. A lei básica do mercado é simples: quanto menor a oferta do produto, maior o preço do mesmo”, esclarece.
Para o gerente de vendas de uma empresa de hortifrutis da Ceapi, Hélio Ferreira, a greve já está causando prejuízos. “As vendas para varejo aqui na Central de Abastecimento acontecem sempre na quinta e segunda-feira, mas hoje será impossível vender grandes quantidades, porque não há mercadorias”, conta. “Seis caminhões que nós esperávamos para descarregar hoje, apenas um chegou e já começamos a perder vendas”.