Os policiais civis do Piauí realizaram na quarta-feira (3) mais uma assembleia geral e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Entre os impasses está o pagamento de duas parcelas que foram acordadas entre a categoria e o governo ainda em 2013. Nesta quinta-feira (4), o secretário de segurança Fábio Abreu disse que o governo vai pedir a ilegalidade da greve na Justiça.
Segundo ele, o governo não foi comunicado oficialmente sobre o movimento."A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já está com esse pedido e deverá solicitar a decretação da ilegalidade da greve", informou.
Fábio Abreu destacou que todas as propostas já foram feitas aos policiais e que por orientação do próprio governador, Wellington Dias, não há negociações enquanto permanecer o movimento grevista.
"Essa é uma orientação do governador: não negocie enquanto há a greve. As propostas já foram feitas às categorias. Essas vantagens foram feitas antes da deflagração da greve. Se o movimento permanecer, não há nenhum tipo de negociação", falou.
A atual gestão propõe o parcelamento dessas parcelas, mas os policiais civis não aceitam essa condição. O governo sugere o pagamento da parcela de maio em duas vezes. A primeira parte já foi depositada e a outra metade será feita até o fim do ano. Já o pagamento da outra parcela acordada será feito de forma integral em janeiro de 2016.
Fábio Abreu também comentou a igualdade das diárias entre agentes e delegados, outra reinvindicação dos trabalhadores da polícia. "Há uma diferença entre o agente e o delegado e a ideia é propor para eles exatamente a igualdade, tendo como base a diária dos delegados", disse o secretário.
Segundo ele, todas essas propostas já foram apresentadas à categoria e o governo espera uma resposta positiva dos grevistas. "Acreditamos que o bom senso vá prevalecer e a sociedade não seja prejudicada", concluiu.