A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) triplicou o número de leitos de UTI nos hospitais regionais do estado, impedindo o colapso na rede nos municípios mais distantes da capital, Teresina. A iniciativa reforça os cuidados do Governo do Estado do Piauí para evitar que algum piauiense infectado pela pandemia do novo coronavírus ficasse sem atendimento.
Com isso, a quantidade de óbitos por Covid-19 não ficou concentrada no interior do Estado, mas sim em Teresina. Desde o início da pandemia, 698, ou 52,5%, das 1.329 mortes da doença no Piauí foram de residentes na capital, onde moram apenas 26% dos piauienses. Já o interior, que concentra 74% da população, registrou 47,5% dos óbitos (631).
Na instalação dos leitos o Governo do Estado teve o cuidado de espalhar unidades longe da capital, considerando as longas distâncias entre os municípios do Piauí. Assim, polos como Floriano, Picos, Parnaíba, Piripiri ganharam novas UTIs, atendendo os pacientes das cidades da região. O reforço na capacidade de atendimento do interior permitiu que os pacientes mais graves da fossem socorridos de forma mais rápida, reduzindo os riscos de vida.
Em abril, no início da pandemia, as unidades de saúde do interior do Piauí tinham 38 leitos de UTI. Agora, o número é mais de 3 vezes maior: 132. A Secretaria de Saúde também ampliou a quantidade de leitos de estabilização na rede do interior: 26 no começo da crise e 40 atualmente. As unidades de leitos clínicos subiram de 290 para 438.
Mas Teresina também recebeu investimentos na rede de saúde estadual. Hoje, a capital piauiense tem, sob gestão do Governo do Estado, 59 leitos de UTI a mais do que no início da pandemia.