A recomendação do Ministério Público para que o Governo do Estado reduza o número de cargos comissionados para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal, foi questionada pelo secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva. Ele considera que houve um equivoco da Promotoria ao comparar o mês de janeiro 2015, quando não há nomeação dos cargos comissionados com o mês de julho, quando onde os cargos estão preenchidos.
De acordo com o secretário, no final de 2014, como é de praxe, todos os servidores comissionados foram demitidos pelo então governador Zé Filho. Ao assumir em janeiro de 2015 o executivo estadual o governador Wellington Dias priorizou apenas a nomeação dos secretários, superintendentes, diretores administrativos, financeiros e alguns assessores especiais. Os demais servidores foram nomeados paulatinamente, apesar da necessidade para o funcionamento da estrutura administrativa.
O gestor explica que, atualmente, existem cerca de 7.187 cargos comissionados no Governo do Estado. Em 2014, esse número chegou a 11.257, o que representa uma redução de 4.070 contracheques. Hoje, o estado tem 56,63% menos comissionados do que há três anos. "Somos responsáveis e transparentes, e essa é a realidade", assegura. O controle rigoroso dos gastos tem contribuído para que o Piauí, apesar das dificuldades, mantenha o pagamento dos servidores em dia. "Estados maiores e mais ricos já sucumbiram à crise", reitera.
Para manter o equilíbrio financeiro, de acordo com Franzé Silva, será necessário fazer ajustes que implicarão em diminuição de investimentos, corte de reajustes e redução de custeio da máquina. O foco é continuar investindo em organização e economicidade. "Não é de interesse do governador Wellington Dias, em um período de recessão como esse, deixar pais e mães de família sem ter como garantir o sustento de suas famílias", pontua.
Autoria: Élida de Sá