Com o fim dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá, a Fifa devolve as chaves da Arena Pantanal na próxima terça-feira e o Governo dará início, então, ao processo de licitação para o repasse do estádio à iniciativa privada em um contrato de até 30 anos. A briga para assumir a sua gestão ainda não começou oficialmente, mas pode envolver nomes de peso como o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e Ronaldo Fenômeno.
"A gente tem diversas possibilidades. Posso dizer que teremos uma disputa razoável. Eles (Andrés e Ronaldo) já fizeram visitas, conheceram o projeto e podem ser um dos grupos na disputa assim como outros. Não quero apenas individualizar isso até porque existe também a possibilidade de consórcios internacionais", afirma ao ESPN.com.br.
O presidente da federação mato-grossense de futebol (FMF), Luiz Wellington da Silva, também confirma a informação.
O objetivo do Governo é lançar o edital de licitação até o próximo mês e encerrar todo o processo para a definição do novo ‘dono" da Arena Pantanal até outubro. O vencedor ficará responsável não somente pelo estádio como também por uma área de 320 mil m² que inclui ainda todo o complexo com piscina e ginásio.
Caberá ainda a ele decidir em torno de uma possível redução de capacidade do palco de seus atuais 43.150 mil para 20 mil lugares, conforme revelado anteriormente pelo ESPN.com.br.
Perguntada a respeito do negócio, a assessoria de Andrés Sanchez informou que o dirigente, que comandou as obras na Arena Corinthians, não fez nenhum contato a respeito do palco mato-grossense, mas que foi procurado, na verdade, pela federação local para conversas sobre a sua entrada na disputa ao lado de Ronaldo.
Ele descarta a possibilidade.
A reportagem não obteve retorno dos representantes do Fenômeno.
Apesar de contratualmente ter custado R$ 570 milhões aos cofres públicos, as obras da Arena Pantanal sofreram reajustes recentes que elevaram o seu valor para mais de R$ 600 milhões. Ela ainda enfrenta suspeitas de sobrepreço que fizeram com que o Pleno do Tribunal de Contas bloqueasse nesta semana R$ 4,1 milhões que seriam pagos à empresa Mendes Júnior Trading Engenharia S/A por futuras medições.