Publicada em 02 de Outubro de 2015 �s 09h09
Milhares de piauienses terão o sonho da casa própria plenamente realizado nos próximos meses. O programa Minha Casa Legal, lançado pelo Governo do Estado, na noite dessa quinta-feira (1º), no Clube dos Cem, pretende regularizar a situação de 36 mil imóveis financiados pela extinta Companhia de Habitação do Piauí (Cohab). A Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi) arcou com os custos da legalização das terras junto aos cartórios.
"Todos que têm a casa quitada já podem procurar a Emgerpi para receber a liberação da hipoteca. Quem fez contratos de gaveta ao longo dos anos, passarão a dispor da escritura, possibilitando que possa ser vendido, financiado ou até mesmo reformado com linhas de crédito disponíveis na Caixa", esclareceu Ricardo Pontes, presidente da Emgerpi.
Mais de 140 mil pessoas serão contempladas no Piauí. Em Teresina, o processo iniciará pelo Parque Piauí, inaugurado há 47 anos. Durante todo esse tempo, a dona de casa Maria da Paz Coelho lutou pela propriedade legal da moradia onde vive. Ela foi uma das três mulheres que receberam o ofício de liberação da hipoteca.
"Recebendo meu documento agora vou atrás de registrar minha casa. É muita alegria! Corri atrás disso a vida toda", comemorava a dona de casa.
A partir dessa sexta-feira (2), os mutuários do Bela Vista podem começar a procurar a Casa do Mutuário, na rua Olavo Bilac, próximo à Praça Saraiva, Centro de Teresina, munidos da documentação pessoal e do imóvel, para iniciar o processo. Nos anos de 2015 e 2016, o Minha Casa Legal deve contemplar ainda os conjuntos Bela Vista I e II e o Morada Nova.
O governador Wellington Dias anunciou mais uma facilidade. Vai enviar à Assembleia Legislativa um projeto de lei prevendo dispensa de multas e juros para mutuários inadimplentes. O desconto varia de 50% a 20% e o saldo devedor ainda pode ser parcelado em até 60 meses.
"Quem pagar à vista terá o maior desconto. Mas criaremos condições para que nenhum morador perca essa chance tão importante de viver com mais dignidade e segurança", pontuou Wellington.