Publicada em 20 de Março de 2015 �s 09h10
O Governo do Estado foi ágil ao negociar uma solução para evitar um prejuízo ainda maior com a suspensão do atendimento médico a mais de 380 mil pessoas, servidores estaduais e seus dependentes, anunciada pelo Sindicato dos Hospitais do Piauí, por conta do atraso no pagamento aos estabelecimentos conveniados ao Iapep-Saúde e Plamta, referente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014, portanto, dívidas ainda da gestão passada.
Apesar da decisão do Sindhospi de suspender esse atendimento, não houve maiores prejuízos para os pacientes que tinham cirurgias, consultas e/ou exames agendados para a quarta-feira (18), data marcada para o início da suspensão do atendimento.
De acordo com o relatório de acompanhamento da demanda por consulta e exames, nessa quarta-feira (18), houve uma redução e 9% na quantidade de prestadores atendendo a pacientes conveniados ao Iapep-Saúde/Plamta, em relação à quarta-feira (11), ou seja, a adesão à paralisação foi menor que 10%.
Em compensação, o número de consultas realizadas na última quarta-feira (18), foi 31% menor que na semana passada, o que demonstra que a suspensão causou maior preocupação nos pacientes atendidos pelos planos de saúde. Ainda assim, foram realizadas 1.504 consultas, contra 2.188 registradas no dia 11.
O número de exames também caiu na mesma proporção, ou seja, foi 32% menor que no mesmo período da semana passada. Dia 18, foram realizados 4.308 exames, contra 6.332 da semana passada.
Negociação
Após uma reunião com o Sindhospi, na Secretaria de Fazenda, a diretoria-geral do Instituto de Assistência e Previdência do Estado estabeleceu um calendário de pagamento dos meses devidos a laboratórios, hospitais e clínicas que atendem aos pacientes conveniados aos dois planos de saúde.
O Iapep-Saúde e Plamta são responsáveis por 80% dos atendimentos em hospitais, clínicas e laboratórios no Piauí, daí a sensibilidade do Governo de negociar uma saída emergencial para a crise, entendendo a enorme dificuldade financeira enfrentada pelos donos desses estabelecimentos, mas tendo como maior preocupação evitar que os pacientes, servidores e suas famílias, pudessem deixar de ser atendidos.
“Saúde não espera... estamos tratando de vidas, daí agirmos com a celeridade que o problema requer. Vamos cumprir o cronograma de pagamento acordado com os sindicatos dos hospitais, com os médicos, com quem também estamos negociando, até conseguir atualizar as nossas contas, cumprir com nossos contratos. Não é promessa, é compromisso”, assegurou Marcos Steiner, diretor-geral do Iapep.