Publicada em 26 de Novembro de 2015 �s 12h29
A vice-governadora Margarete Coelho reuniu-se, nessa quarta-feira (25), no Salão Azul do Palácio de Karnak, com a equipe ambiental da empresa responsável pela Ferrovia Transnordestina S/A (TLASA). A reunião teve como pauta principal a redução dos impactos provocados pela obra de modo direto a assentamentos rurais e comunidades quilombolas habitantes nos 18 municípios por onde passa o trecho da Transnordestina.
Em busca de parceria com o Governo do Estado, os diretores e técnicos da empresa TLSAA apresentaram à vice-governadora e aos representantes das secretarias da Assistência Social, Desenvolvimento Rural, Educação, Transporte, da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) e do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural ( Emater), estratégias de gestão dos impactos socioeconômicos para atender às famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Segundo o secretário estadual dos Transportes, Guilhermano Pires, o encontro teve como finalidade discutir estratégias para mitigar os prejuízos sociais decorrentes da obra. “Por meio de ações conjuntas, estiveram no pleito da reunião as melhorias nas estradas vicinais que dão acesso àquelas comunidades, onde foi feito uma proposta para que a TLSA apresente esses trechos por escrito por meio de ofício", informou Guilhermano, acrescentando que "com isso, nós do Governo Estadual faremos um orçamento do que precisa para que essas vias sejam melhoradas. Ampliando a contribuição, a TLSA se comprometeu em arcar também com uma parte desses custos realizando outras melhorias necessárias".
O fortalecimento da rede de apoio às famílias que, desde fevereiro deste ano, tem sido realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc), também foi um dos encaminhamentos solicitados pela equipe da empresa TLSA. “Já fizemos diversas atividades, capacitações e levamos ações que fortalecem a paz social e traz a tranquilidade necessária para que essa obra possa avançar e trazer os efeitos benéficos do desenvolvimento. Nesta reunião, fomos solicitados para fazermos mais outras ações, como a inclusão digital e, após recebermos o levantamento dos locais específicos que serão abarcados com essas ações, iniciaremos as atividades para o desenvolvimento da região”, declarou o secretário da Sasc, Henrique Rebelo.
Na oportunidade, os projetos de parceria para desenvolvimento de ações em comunidades quilombolas, reaparelhamento da Casa de Mel das Comunidades quilombolas de Contente e Barro Vermelho, Luz Para Todos, Política Nacional de Habitação Rural, Programa de Fortalecimento da Infraestrutura da Piscicultura foram debatidos pelos responsáveis de cada órgão. “O Governo recebe as demandas e as secretarias e os órgãos já estão cientes. Só pedimos a formalização para que nós possamos formar processos administrativos e encaminhar essas demandas. A contrapartida que o Estado está pedindo é de pequena monta, em comparação com aquilo está se comprometendo. Isso tudo é em prol mesmo dessa obra para que os impactos sociais sejam os menores possíveis”, declarou Margarete Coelho.
Para a vice-governadora, a reunião foi muito importante no sentido de que a mitigação de impactos da obra da Transnordestina interessa bastante ao Governo do Piauí por inserir diversas comunidades, dentre elas as tradicionais quilombolas. "Esses impactos sociais e tecológicos foram discutidos parte a parte, assim como firmados alguns compromissos para melhorar questões de eletrificação, água potável, realocação das moradias, casas que foram destruídas ou foram avariadas pela obra. Afinal de contas, o progresso deve existir, mas em consonância com a diminuição dos impactos ocasionados por ele”, finalizou Margarete Coelho.