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Distribuição de royalties

Governo e base aliada anunciam acordo para votar distribuição de royalties do pré-sal.

Publicada em 14 de Agosto de 2013 �s 13h31


 O governo e líderes da base aliada na Câmara anunciaram nesta quarta-feira (14) ter chegado a um acordo para levar à votação, ainda hoje, do projeto que define regras para a distribuição de recursos do Fundo Social do pré-sal.

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O acordo envolve um meio-termo entre o que o governo defendia num primeiro momento e que foi avalizado em votação no Senado, e o que a Câmara acabou aprovando, em julho, num texto que, além de desagradar aos interesses do Palácio do Planalto, poderia trazer insegurança jurídica para a realização do primeiro leilão de blocos de petróleo e gás natural na região do pré-sal.

Esse primeiro leilão, relativo ao campo gigante de Libra, está marcado para o dia 22 de outubro próximo.

Pelo acerto anunciado na manhã desta quarta pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, pelo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação), será retirado do texto a exigência de que pelo menos 60% do excedente em óleo (o chamado "lucro-óleo") vá para União. Esse dinheiro é uma das principais fontes de recurso do fundo social do pré-sal.

O problema desse percentual é que o edital do leilão do campo de Libra prevê um mínimo de 40% para a União. Além disso, conforme o ministro Mercadante, em relação a futuros leilões para a exploração de outros campos, em que não haja uma garantia clara da existência de óleo, esse percentual poderia afugentar empresas eventualmente interessadas na disputa.



"Vamos ter a maior licitação da história do petróleo mundial, e no edital está 40%. E se isso [os 60%] viesse ser aprovado evidentemente que só poderia atrapalhar algo de extrema relevância para o país, com consequências também para a destinação desses recursos", disse Arlindo Chinaglia.

Segundo ele, o acordo "foi aprovado por unanimidade pela base do governo".

A outra perna do acordo envolve o uso do patrimônio do fundo social. Pela proposta defendida pelo governo, e aprovada no Senado, somente os rendimentos do fundo poderiam ser usados, sendo que 75% seriam destinados para a educação, e 25% para a saúde. Contudo, a Câmara mudou o entendimento e, capitaneada pelo relator do projeto, deputado André Figueiredo (PDT-CE), previu que os ativos do fundo seriam usados para essa vinculação de recursos para a saúde e educação --e não os rendimentos da poupança.

O argumento, que acabou acatado pela maioria dos deputados, é que isso permitiria que os recursos fossem usados já no curto prazo, a partir do ano que vem. O argumento do governo, contudo, é que, no longo prazo, dentro de 35 anos, os recursos do fundo social, pela fórmula aprovada na Câmara, estariam reduzidos à metade.

Diante disso, o acordo fechado nesta quarta envolve um meio termo. O governo se compromete a sancionar a proposta da Câmara, garantindo o uso dos ativos do fundo num primeiro momento. Em contrapartida, o governo, logo após a sanção, enviaria um novo projeto de lei que, dentro de quatro anos, definiria uma transição do uso dos ativos do fundo social para o uso exclusivo dos rendimentos.

"Vai ser apresentado um projeto que combine isso tudo. No início, principal do fundo, depois o rendimento", afirmou o ministro Aloizio Mercadante.
Tags: Governo e base aliad - royalties do pré-sal

Fonte: uol �|� Publicado por: Da Redação
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