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Governo admite desaceleração e prevê alta de 1,8% para o PIB de 2014

Publicada em 22 de Julho de 2014 �s 20h10


 O governo federal admitiu oficialmente que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofrerá desaceleração neste ano, ou seja, terá um crescimento menor do que em 2013 – algo que o mercado financeiro já prevê desde agosto do ano passado. Por meio do relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre do orçamento de 2014, divulgado pelo Ministério do Planejamento nesta quarta-feira (22), a estimativa oficial do governo de crescimento da economia brasileira neste ano recuou de 2,5% para 1,8%. Em 2013, o PIB avançou 2,5%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia. saiba mais Mesmo em recesso branco, Congresso Nacional custa quase R$ 1 milhão por hora aos cofres públicos Venda da indústria para o exterior não retorna ao nível pré-crise global Mesmo com inflação acima da meta, BC deve manter juro nesta 4ª Banco brasileiro é o terceiro do mundo em lucro e lidera ineficiência Investimento estrangeiro no Brasil caiu 1,9% em 2013 Leia mais sobre Economia brasileira Apesar de o governo ter revisado para baixo a estimativa de crescimento em 2014, a expectativa oficial ainda está bem acima do que preveem os economistas do mercado financeiro, que estimam uma expansão de 0,97% neste ano. Essa é a mediana de mais de 100 instituições financeiras em pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada. Alguns bancos, porém, já estão projetando um crescimento menor ainda, em torno de 0,5% para o Produto Interno Bruto brasileiro em 2014, com possível recessão no meio deste ano (retração do PIB no segundo e terceiro trimestres). Dois trimestres seguidos de queda do PIB configuram "recessão técnica". Se o crescimento de 2014 for menor do que 1,03% de alta, será o pior valor desde 2009, quando a economia enfrentava os efeitos da crise financeira internacional e, por isso, registrou retração de 0,33%. Para o BC, a economia deverá crescer 1,6% em 2014. O nível de atividade econômica tem se ressentido, neste ano, da elevação da taxa básica de juros da economia brasileira, que subiu de 7,25% ao ano em abril de 2013 para 11% ao ano em maio deste ano, além do crescimento da inflação, do alto nível de endividamento das famílias e da baixa confiança dos consumidores e empresários. Mais inflação Ao mesmo tempo em que baixou sua estimativa de crescimento econômico para 2014, o governo federal também confirmou que a inflação deverá ser mais alta do que o previsto anteriormente e, também, do que o patamar registrado no último ano. No relatório de receitas e despesas do orçamento, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada inflação oficial do país, passou de 5,6% (previsão feita em maio) para 6,2%. Em 2013, a inflação ficou em 5,91%. Mesmo assim, o valor estimado pelo governo federal para a inflação em 2014 segue abaixo da expectativa do mercado financeiro, que foi captada pelo Banco Central na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para os economistas, o IPCA deste ano deve ficar em 6,44% – valor que está próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação. Segundo esse sistema, a meta central tanto para 2014 como para 2015 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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