Publicada em 30 de Outubro de 2012 �s 13h22
Com o intuito de incluir Teresina na execução da primeira etapa do gasoduto Meio Norte, o governador Wilson Martins esteve reunido, na manhã desta terça-feira (30), com o presidente do Senado Federal, José Sarney. O gasoduto engloba os Estados do Maranhão, Piauí e Ceará, com extensão de 948 quilômetros e vazão de 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A exploração acontece na Bacia do Parnaíba.
Wilson Martins apresentou o projeto da obra, pronto desde 2006. O grupo OGX, do empresário Eike Batista, empresa responsável pela produção, já sinalizou a distribuição do gás para o Maranhão, o que corresponde à primeira etapa. No entanto, o governador está articulando a entrada da capital piauiense já nessa fase devido à proximidade com as cidades maranhenses previstas, justificando que não haveria grandes custos nesse acréscimo.
“Não estamos falando de um sonho, mas de uma realidade, já que este projeto já tem licença prévia de instalação, concedido pela Agência Nacional do Petróleo”, disse o governador ao comentar que o gás extraído será utilizado não só para abastecimento elétrico, mas também para a área social, como nos setores residencial e automobilístico, diminuindo os custos repassados à população.
José Sarney enfatizou a riqueza da Bacia do Parnaíba, cujo potencial equivale à metade do gás que o Brasil importa da Bolívia. A primeira etapa do gasoduto inclui as cidades de São Luís, Codó, Caxias e Timon, além de Teresina, caso a solicitação seja acatada. No segundo momento será a vez do Ceará, com as cidades de Fortaleza e Sobral.
Na ocasião, o secretário de Mineração, Petróleo e Recursos Renováveis do Estado, Tadeu Maia Filho, colocou que a visita mostra a viabilidade do gasoduto nos três estados, inclusive muitos empresários já demonstraram interesse. O gestor propôs uma disponibilização inicial de 6 milhões de metros cúbicos de gás para o Piauí até que o leilão seja realizado.
O Piauí, inclusive, já chegou a assinar um acordo para distribuição de gás com a empresa, mas este foi suspenso por conta da não liberação do marco regulatório do Petróleo.
Além do secretário Tadeu Maia Filho, acompanharam o governador na audiência a superintendente de Projetos do Governo do Piauí, Lucile Moura, e o gestor da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Luiz Gonzaga Paes Landim, ex-secretário de Mineração do Piauí, que também luta por essa inclusão.
Mudança no Fundo de Participação
Durante a audiência, Wilson Martins também solicitou ao presidente do Senado Federal que, durante a discussão de mudança no Fundo de Participação dos Estados (FPE), sejam incluídos não só os estados em desenvolvimento, mas também os menos desenvolvidos, de forma inversamente proporcional à renda. O governador espera que essas mudanças sejam votadas até o fim desse ano.
“O fundo de participação estadual para o Piauí foi menor que no ano passado, havendo uma perda de R$ 200 milhões. Isso faz com que o Estado se encontre em uma situação difícil para fechar as contas, tanto na Educação quanto na Saúde”, justificou o governador.