Governador contesta greve.
O governador Wilson Martins (PSB) questionou a paralisação de uma semana dos médicos, iniciada nesta segunda-feira (28). Ele afirmou que o Piauí paga o sexto melhor salário para a categoria no País e está disposto a discutir reajuste, mas de acordo com o crescimento do orçamento estadual e abrangendo também profissionais de outras áreas.
saúde ganhava há até pouco tempo R$ 800, problema que estaria sendo resolvido com o plano da carreira médica. "Nós lamentamos que possa haver uma movimentação de greve no momento em que o Estado tem cumprido muitas das suas obrigações", declarou.
O governador demonstrou-se disposto a discutir a questão salarial não só de médicos, mas também outras categorias. Isso de acordo com o aumento da arrecadação estadual.
Para mostrar que o governo tem avançado nas questões trabalhistas, Wilson Martins anunciou um plano de carreira específico para engenheiros. Segundo ele, o profissional do estado ganha cerca de R$ 1 mil de vencimento, enquanto um profissional fatura até mais que o triplo quando contratado por fora. "Estamos formatando uma lei que vamos encaminhar para a Assembleia Legislativa para fazer essa Justiça".
Ao falar que apenas 11 estados estão pagando o piso nacional do professor, Wilson Martins também previu problemas para o próximo ano. "Imagina a dificuldade que nós vamos ter no ano de 2012 com o reajuste do salário mínimo, o aumento do piso salarial dos professores", comentou. "É preciso avançar, mas com todo cuidado no sentido de respeitar a lei de responsabilidade fiscal. Estamos nos aproximando do limite prudencial. É um olho no peixe e outro no gato. Precisamos construir com equilíbrio", completou.
Pré-Sal
Wilson Martins participou no Palácio de Karnak, na tarde de hoje, de um evento em prol da aprovação do projeto que regulamenta a partilha dos royalties do pré-sal. O governador, que viaja a Brasília na terça-feira, defendeu a junção do Fórum dos Governadores do nordeste e ainda gestores das regiões Norte e Centro-Oeste para defender o projeto do senador Wellington Dias (PT/PI) e do deputado federal Marcelo Castro (PMDB/PI), "para ter uma posição firme, se não unânime, mas pelo menos com a grande maioria, no sentido de estar de forma permanente, até o final do ano, fazendo todos os esforços pela votação do pré-sal".
Se aprovado ainda este ano, o projeto deve injetar R$ 20 milhões nos cofres do Estado só em 2012, valor que pode ser multiplicado por quatro até 2020.
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