Gastos aumentam nas capitais..
Prefeitos que podem concorrer a um novo mandato nas eleições de outubro aceleraram os gastos com investimento no ano passado, informa reportagem de Mariana Schreiber e Mariana Carneiro, publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Entre as dez capitais que elevaram no ano passado a fatia da receita destinada a despesas com obras, oito são cidades em que o atual prefeito pode concorrer à reeleição em 2012, mostram dados do Tesouro Nacional levantados pela Folha e pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro, comandada por Eduardo Paes (PMDB), e em Curitiba, cujo prefeito é Luciano Ducci (PSB) --dois pré-candidatos à reeleição. Em Curitiba, a fatia da receita destinada a investimentos quase dobrou no ano passado, após fortes quedas nos dois anos anteriores.
OUTRO LADO
Segundo a Prefeitura do Rio, a aceleração dos gastos no final do mandato não tem relação com as eleições. "Os governos são ciclos de quatro anos. Às vezes, esse ciclo se confunde com a ordem natural de preparação do investimento", afirmou o secretário Pedro Paulo, chefe da Casa Civil do Rio.
Já o secretário de Planejamento de Curitiba, Carlos Giacomini, afirmou que a execução das obras caiu devido à escassez de mão de obra e cimento e à crise financeira internacional, que reduziu as linhas de financiamento e limitou o crescimento da arrecadação. Superados esses problemas, ele disse que houve uma retomada dos investimentos, mas reconhece que a proximidade das eleições costuma estimular esse tipo de gasto.
Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.