Gamifica��o traz l�gica dos jogos para �reas como educa��o e sa�de

Publicada em 05 de Maio de 2014 �s 20h30

Imagem de vídeo de divulgação do livro Gamification, Inc. FOTO: Reprodução Imagem: Reprodu��oClique para ampliarImagem de v�deo de divulga��o do livro Gamification, Inc. FOTO: Reprodu��o Pode ser no metr�, no �nibus, na fila do banco ou na sala de espera do dentista: n�o � de hoje que as pessoas aproveitam seu tempo livre para concluir partidas de jogos simples como Candy Crush e Angry Birds. Imagine agora se, no lugar de apenas divers�o, as milh�es de horas gastas nesses aplicativos fossem utilizadas em games que pudessem ensinar literatura, transmitir conhecimentos sobre sa�de ou at� mesmo ajudar em uma pesquisa cient�fica. Essa � a ideia por tr�s da gamifica��o, �rea de tecnologia que cresce cada vez mais. Uma pesquisa recente da M2 Intelligence divulgou que a gamifica��o movimentou US$ 450 milh�es em 2013, e deve chegar aos US$ 5,5 bilh�es em 2018. “Gamifica��o � usar elementos da estrutura de jogos para algo que n�o seja entretenimento puro, usando-os para incentivar comportamentos e resultados pr�ticos”, diz Ysmar Vianna, autor do primeiro livro escrito em portugu�s sobre o assunto, Gamification, Inc., dispon�vel para download na internet. Outra pesquisa recente, divulgada em fevereiro pelo IEEE (Instituto de Engenheiros El�tricos e Eletr�nicos), organiza��o dedicada � forma��o de padr�es t�cnicos, prev� que at� 2020, 85% da nossa rotina ser� baseada em elementos comuns em games, como pontos, recompensas e medalhas. “Em 2020, a pontua��o que voc� fizer no trabalho vai determinar o seu aumento e o tipo de sala que voc� vai ter”, diz Tom Coughlin, membro do IEEE, no estudo. Quem n�o tem muita intimidade com controles de videogame nem com tarefas como esmagar doces e arremessar passarinhos pode estar com medo do futuro a essa altura do campeonato. Calma. Ysmar avisa que “para algo ser gamificado, n�o precisa ser necessariamente um game”. S�o necess�rias apenas quatro caracter�sticas b�sicas: meta, regras definidas, sistema de feedback e participa��o volunt�ria (veja arte abaixo), que podem ser aproveitadas em aplica��es feitas para se entender o clima organizacional dentro de uma empresa ou at� mesmo para revisar conte�dos para as provas do Enem. Aprender brincando � na educa��o que aposta a Qranio, startup brasileira que desenvolveu um aplicativo de perguntas e respostas sobre temas como hist�ria, biologia, cinema ou f�sica. “Percebi que minha filha adorava brincar, mas n�o gostava de ir � escola. Achei que era hora de criar uma maneira do aprendizado ser divertido para as pessoas”, conta Samir I�sbeck, fundador da empresa de Juiz de Fora (MG). Com mais de 1 milh�o de usu�rios cadastrados, o game � um espa�o no qual respostas certas significam pontos que, ao serem acumulados, podem ser trocados por pr�mios. “Queremos que as pessoas parem de perder seu bem mais precioso – o tempo –, aprendam e possam acumular coisas com o seu conhecimento”, explica I�sbeck, cuja empresa j� tem um escrit�rio em Portugal e, em breve, ter� sedes em Pequim, na China, Miami, nos Estados Unidos, e Cingapura. “Nossa meta � ter 10 milh�es de usu�rios at� o fim do ano e virar refer�ncia no setor de educa��o, em tecnologia”, sonha o mineiro, dono de uma empresa hoje avaliada em R$ 20 milh�es. Happy hour A gamifica��o tamb�m pode ser uma maneira de incentivar funcion�rios e melhorar o ambiente dentro das empresas. � a estrat�gia da Opusphere, startup de Campinas que desenvolveu uma plataforma para gest�o de pessoas, a Wannadoo. Nela, a empresa � replicada em uma vila, e cada funcion�rio � um morador. “O game n�o � o ambiente da empresa, mas ele ajuda a pessoa a contar sua hist�ria dentro dela, de uma maneira interativa e simples. Facilita muito na hora de uma an�lise de performance, por exemplo”, diz Alexandre Olivieri, cofundador da empresa. Lan�ada h� seis meses, a Wannadoo hoje conta com mais de 500 usu�rios, e j� teve mais de 10 mil “etiquetas” distribu�das. “Isso significa que foram mais de 10 mil intera��es de feedback entre os funcion�rios. � muito mais que na vida real, quando funcion�rios e gestores t�m uma reuni�o de avalia��o por ano”, diz Olivieri. Receita pronta. H� quem diga que a gamifica��o seja uma tend�ncia crescente porque corresponde �s expectativas dos jovens que cresceram salvando princesas e coletando moedas e agora fazem parte da popula��o economicamente ativa. “A Gera��o Y, formada por nascidos entre os anos 1980 e 2000, representa j� 25% da for�a de trabalho e se sente desmotivada muitas vezes pela estrutura tradicional das empresas. A linguagem dos games pode corrigir isso”, avalia Ysmar Vianna. Entretanto, a tese geracional � negada por I�sbeck, da Qranio. “N�o � porque uma pessoa � mais velha ou mais nova que ela vai querer uma coisa menos legal”, resume o mineiro, que acredita que a estrat�gia pode ser empregada em qualquer tema, como “sa�de, educa��o, meio ambiente e, at� mesmo, na pol�tica”, mas que � preciso cuidado ao utiliz�-la. “Uma empresa de servi�os pode usar o conceito de gamifica��o, mas o foco dela continua sendo prestar um servi�o. N�o adianta um banco criar um jogo de educa��o financeira e continuar cobrando tarifas caras. A gamifica��o n�o � solu��o para tudo”, diz I�sbeck.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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