Um galão de óleo e mais manchas de óleo foram encontrados na tarde desta segunda-feira (30) na Praia Peito de Moça, em LuÃÂs Correia, no Litoral do PiauÃÂ. O material foi coletado e será analisado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão recebeu a denúncia de um segundo galão, desta vez em Cajueiro da Praia, mas ainda não foi confirmado.
"A equipe do Ibama durante vistoria nas praias encontrou esse galão de 20 litros, sem identificação e contendo óleo. O material foi coletado para análise do Instituto. Mais manchas também foram localizadas nas praias do Peito de Moça, Praia do Coqueiro e Pedra do Sal", disse Daniel Castro, chefe da Ãrea de Proteção Ambiental (APA) do Delta.
A bióloga Werlanne Magalhães, do Instituto Tartarugas do Delta, destacou que nenhum animal foi encontrado até o momento com manchas de óleo e os comerciantes das praias estão sendo alertados sobre o descarte correto do material.
"Estamos fazendo divulgação aos banhistas para evitar o contato com óleo e os procedimentos com as animais que forem encontrados com as manchas. Os comerciantes foram orientados a forma correta de retirar a substância da areia, coco e garrafas, entre outros materiais, para não misturar com o lixo comum", explicou a bióloga.
No fim de semana, manchas foram localizadas em mais três praias do litoral piauiense. Segundo os ambientalistas da Ãrea de Proteção Ambiental do Delta e do Instituto Tartarugas do Delta, as porções de óleo encontradas no Piauàsão menores do que as que chegam a outras praias do Nordeste. A substância foi achada pela primeira vez no estado, na Praia do Arrombado, na sexta-feira (27).
As manchas foram encontradas nas praias de Atalaia, Itaqui e em Cajueiro da Praia. Na Praia de Itaqui, um kitesurfista encontrou o óleo preso aos cabos do equipamento quando voltou para a areia. No dia 24 deste mês, um vÃÂdeo registrado por um surfista na Ilha dos Poldros, no Delta do rio ParnaÃÂba, mostra várias manchas espalhadas pela areia da praia. Em um momento do vÃÂdeo, o surfista mostra uma tartaruga morta e coberta pelo óleo.
A Marinha Brasileira informou que vem acompanhado o aparecimento das manchas de óleo no litoral piauiense e que o material coletado na tartaruga encontrada morta foi encaminhado para Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, pertencente a organização militar, para identificar a origem da substância.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o óleo que está poluindo as praias nordestinas têm a mesma origem, mas ainda não é possÃÂvel afirmar de onde ele viria. Segundo a Petrobras, trata-se de óleo cru, que não é produzido no Brasil.