A deputada Flora Izabel (PT) fez um relato das suas ações na Assembleia Legislativa destacando a luta pela redução dos preços das passagens de ônibus na Grande Teresina e as leis em defesa das mulheres. Ela disse que estava aproveitando o último dia de sessão do ano, pois não sabe se em 2014 estará ainda no mandato, uma vez que é suplente e a conjuntura política está levando o seu partido a tomar um rumo diferente do atual governo, o que acarretaria no retorno dos deputados que ocupam secretarias para o legislativo.
“Realizamos aqui uma audiência pública com a participação de estudantes e empresários do setor de transportes na Grande Teresina. Fomos também a várias cidades e conseguimos reduzir os preços das passagens em Altos, União e José de Freitas. Agora vamos partir para a tarifa única, que já é praticamente em outras regiões metropolitanas, como em Fortaleza, São Luís, Curitiba e Porto Alegre”, explicou ela.
Flora também destacou a luta por políticas públicas para as mulheres, principalmente na questão da violência doméstica. “Lembro que quando era vereadora de Teresina criei a Casa Abrigo, que hoje atende as mulheres agredidas pelos companheiros e que não tem para onde ir. Outro dia, uma comissão da Câmara dos Deputados veio conhecer as nossas políticas públicas e eu fui convidada para visitar com eles a Casa Abrigo. Fiquei emocionada”, afirmou.
Outra proposta apresentada por ela, já aprovada, é a lei que determina que os filhos de mulheres vítimas de violência doméstica possam ser matriculadas em qualquer escolar pública mais próxima do local onde esteja residindo. “Quanto a esta questão, a presidente Dilma Rousseff acaba de aprovar uma lei, igual a que nós aprovamos aqui no Piauí, proibindo que material de uso coletivo sejam proibidos na lista de material escolar. Nenhuma escola pode pedir papel higiênico, resma de papel, copo descartável ou qualquer material do tipo”, frisou.
Ela destacou ainda a luta pela implantação do botão do pânico, o que tem evitado que as vítimas da violência sejam importunadas pelos seus agressores. Se ele chegar perto, o distrito policial é acionado e ele pode ser preso em flagrante. Outra proposta foi a lei que permite aos travestis terem o nome com o qual são conhecidas em seus documentos civis. “É o caso da nossa Safira Bengell, que poderá se identificar em qualquer lugar do mundo com o seu nome e não apenas com um nome masculino”, emendou.
Em aparte, o deputado Francisco Ramos (PSB) elogiou a atuação de Flora Izabel e pediu a sua ajuda para uma luta que pretende defender. “É o programa bolsa água. Outro dia vi uma mulher com uma criança no colo dizer que deve R$ 6,8 mil à Agespisa e não pode pagar. A água foi cortada. São milhares de pessoas na mesma situação e é preciso que a gente faça alguma coisa. Essa mulher, coitada, a única renda que tem é o Bolsa Família. Quero apoio para a gente criar a bolsa água”, encerrou.
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