O Financial Times disse em matéria publicada na última segunda-feira (5) que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), candidato às eleições para presidência da República que acontecem em outubro, oferece um prognóstico positivo para o Brasil. De acordo com o Financial Times, o candidato teria dito que o que vem acontecendo no Brasil seria uma “crise de confiança” e que a sociedade teria percebido que algumas coisas teriam parado de melhorar e outras teriam voltado a piorar.
O jornal lembra que Eduardo Campos, o mais novo dentre os três principais candidatos da eleição presidencial com 48 anos, ainda está em terceiro lugar em pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) – conquistando 12% de aprovação, em comparação com os 37% da presidente Dilma Rousseff (PT) e 22% do candidato Aécio Neves (PSDB).
O jornal teria dito ainda que a aliança de Eduardo Campos com Marina Silva, candidata a vice-presidência, representa uma nova força política. De acordo com o Financial Times, Dilma fez um esforço recente aumentando benefícios no setor de bem-estar social para pessoas de baixa renda, mas Eduardo Campos teria dito já que esses benefícios não seriam cortados em sua gestão, descrevendo-os como direitos e não como privilégios.
O jornal cita ainda a influência que Eduardo Campos possui no Nordeste como sendo positiva, visto que, segundo o jornal, o grande número de famílias de baixa renda tornou-se no últimos anos um reduto do PT. Além disso, o Financial Times fala também de sua sua imagem pública de homem de família – Eduardo é casado com Renata, com quem começou a namorar ainda na adolescência e teve cinco filhos, sendo o último portador de síndrome de Down.
Outra mudança que o jornal pontua seria uma menor interferência no mercado, ao contrário da política intervencionista de Dilma Rousseff. Segundo o jornal, Eduardo Campos teria garantido que a Petrobras teria uma política de preços baseada no mercado internacional. O Financial Times disse ainda que a companhia estatal de petróleo teria perdido dinheiro graças a uma política de governo não-oficial que fazia a empresa vender combustível a uma taxa subsidiada.
A proposta mais polêmica que o Financial Times aponta seria, contudo, o fim do sistema atual de Brasília em que o presidente constrói uma coalizão oferecendo ministérios para os aliados. De acordo com o jornal, Eduardo Campos teria se autodenominado como uma “efetiva opção de mudança para o Brasil”.