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Filosofia no Enem: professora

Filosofia no Enem: professora faz cronologia durante os séculos com assuntos mais cobrados na prova.

Publicada em 24 de Outubro de 2024 �s 02h24


 A disciplina Filosofia no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, diferente das outras, tem a característica de não ser tão interdisciplinar; ela é bem conteudista. Por isso o Ingresso Universitário com ajuda da professora Rúbia Gomes, de Filosofia e Sociologia, orienta o candidato a saber o que estudar.

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A filosofia nasceu com o objetivo de desenvolver uma consciência crítica sobre o mundo. Por isso, ela traz respostas não mais baseadas na crença e na autoridade. No Enem, essa disciplina é utilizada para questionar todos os aspectos sobre o mundo, a vida ou o que for importante para as pessoas.

Ela pode vir em questões isoladas ou multidisciplinares, ou seja, combinada a outros temas, como Geografia, Ecologia ou Sociologia, por exemplo.

De forma geral, os assuntos de Filosofia que mais caem no Enem são:

Filosofia Antiga: caiu 3 vezes no Enem 2017, 1 vez no Enem 2018, 2 vezes no Enem 2020 e 1 vez no Enem 2021. Aqui, é fundamental estudar Sócrates, Platão e Aristóteles;
Filosofia Medieval/Cristã: caiu 2 vezes no Enem 2018, 1 vez no Enem 2019 e 1 vez no Enem 2021. Nesta parte, o foco deve ser Patrística e Escolástica;
Filosofia Moderna: sobre Teoria do Conhecimento, caiu 3 vezes no Enem 2019, 2 vezes no Enem 2020 e 1 vez no Enem 2021. Racionalismo e Empirismo são assuntos que merecem atenção aqui;
Filosofia Contemporânea: caiu 2 vezes no Enem 2017, 1 vez no Enem 2018, 2 vezes no Enem 2019, 2 vezes no Enem 2020 e 1 vez no Enem 2021. Vale focar no que defendiam Nietzsche e Foucault e por que suas teorias foram consideradas inovadoras.
Para um excelente aproveitamento na prova é necessário clarificar algumas ideias. Tendo em mente uma cronologia que tem como marco inicial o Filósofo Tales de Mileto (c.624-546 a.C.) até os dias atuais, percebemos algumas mudanças nas características da Filosofia ao longo dos séculos que vão compor alguns de seus principais períodos.

Por Filosofia Antiga compreendemos dois períodos relativos à Grécia antiga, o nascimento da Filosofia com os filósofos anteriores a Sócrates e, com a vinda de Sócrates, o Período Clássico.

"Na prova é muito importante vocês reforçarem a noção de dialética dentre a filosofia socrática e da filosofia platônica. É importante também rever os conceitos da noção de retórica para os sofistas", explica a professora.
Porém, antes mesmo dos clássicos gregos, os pré-socráticos já estavam por aí. Na prova, eles tendem a aparecer de duas formas: pode ser em um texto que apresenta o contexto do período e as ideias do filósofo; ou em uma questão sobre os elementos e as teorias dos pré-socráticos de maior destaque.

"Andando um pouquinho na história, a gente chega em Aristóteles e é importante vocês reforçarem a noção de política e de ética que nunca se separam para este filósofo. É importante pensar que a noção da ética trabalha a noção da virtude e a virtude se faz na justa medida", disse a professora Rúbia.
Já no período helenístico seria importante lembrar as quatro correntes: o estoicismo, o ceticismo, o cinismo e o epicurismo, buscando encaminhamentos éticos para que o homem consiga ser feliz.

2. Filosofia Medieval
A razão está subordinada à Fé na Filosofia Medieval. A produção filosófica devia estar em conformidade com as escrituras (Bíblia Sagrada).

"Já na Idade Média, é importante reforçar as noções trazidas pela patrística e pela Escolástica, pontuando a noção da fé e, na Escolástica, a junção de fé e de razão", destaca a professora.
Desenvolveram a ideia de que o conhecimento racional possui limites e que os dogmas (verdades inquestionáveis) da religião superam esses limites e orientam o pensamento.

A partir de uma releitura do pensamento grego, aliado aos dogmas da Igreja, desenvolveram a Filosofia Cristã. Seus principais períodos foram:


Patrística: teve início logo nos primeiros séculos, com o objetivo do fortalecimento da fé cristã. Buscou na filosofia grega os conceitos que serviriam de base para o desenvolvimento do cristianismo. A influência do pensamento platônico é uma marca muito forte do período. Como, por exemplo, a relação entre alma e corpo em que o corpo é o lugar do erro (associado ao pecado) e aprisiona a alma, que é pura e perfeita (associada à eternidade). Principal filósofo: Santo Agostinho.
Escolástica: teve início por volta do século XI e, por ser um pensamento produzido e desenvolvido dentro das universidades medievais, recebeu o nome de "escolástica" pelo fato de ser produzida dentro dentro das universidades, escolas. Os estudos da filosofia cristã se desenvolveram e tiveram no pensamento aristotélico um campo fértil para a apropriação de conceitos. A união Fé-Razão, sob a forma de Teologia, torna-se uma importante marca do pensamento. Principal filósofo: São Tomás de Aquino.
3. Filosofia Moderna
A filosofia moderna aparece no Enem com o principal embate da época: as discussões entre racionalismo e empirismo.

"Na modernidade, as nossas apostas são em relação a pensadores como o existencialismo que já veio no Enem. Também pontuar as questões de Nietzsche, que vai fazer crítica às perspectivas da moral que é uma moral cristal ocidental. Então cuidado, se é Nietzsche, nunca vai fazer uma valorização da moral, que eles chamam de moral do escravo, mas uma crítica severa esses valores que aprisiona o homem. Reforçar as noções também da Escola de Frankfurt são importantes. Porque é uma visão do capitalismo que tende a trazer a perspectiva de mercantilização da cultura e da arte. Também é importante pensar na moral kantiana, a moral deontológica, a moral do dever", finaliza a professor Rúbia.

A partir do Renascimento, dá-se início a uma nova forma de pensamento sobre o mundo. O ser humano assume o papel central na relação com o conhecimento e passa a ser o centro do universo: Antropocentrismo.

A Filosofia, que havia permanecido como um instrumento da religião, busca afastar-se da fé e da religião na intenção de produzir conhecimento neutros e isentos. Há uma importante separação entre conhecimento e fé, conhecida como "Idade da Razão".

Cronograma do Enem 2024
Divulgação dos locais de prova: data a ser marcada
Aplicação do Enem: 3 e 10/11/2024
Divulgação do gabarito: 20/11/2024
Divulgação do resultado: 13/1/2025
Enem 2023
?? Para que serve o Enem? Ele é uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, utilizado por instituições públicas e privadas como critério de seleção, além de ser um requisito para programas governamentais de auxílio estudantil. Não há como se inscrever no Sisu, no Prouni e no Fies sem ter feito o Enem.

O Enem é aplicado em dois domingos e divide o conteúdo por áreas do conhecimento, além de ter uma redação. Neste ano, o exame está previsto para os dias 5 e 12 de novembro.

Dia 3 de novembro:

?? Ciências Humanas e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de geografia, história, filosofia e sociologia.

? Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: 40 questões de múltipla escolha de português e literatura e mais 5 de língua estrangeira (inglês ou espanhol).

?? Redação dissertativa-argumentativa: texto tem que ser escrito com base em uma situação-problema apresentada. Veja redações nota mil.

Dia 10 de novembro:

? Matemática e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha.

? Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de biologia, química e física.
Tags: Filosofia no Enem - Enem

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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