Thor Batista, de 20 anos, pode se livrar da acusação de homicídio culposo, sem a intenção de matar, se o laudo da perícia apontar que ele dirigia veículo abaixo da velocidade permitida, 110 quilômetros por hora, quando atropelou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos.
O acidente ocorreu na noite de sábado, na capital fluminense. “Nesses casos, costuma-se isentar o motorista, isto é, quando a culpa é exclusiva da vítima. Mas, estamos esperando o laudo para aferir qual era a velocidade do carro”, disse o delegado Mario Roberto Arruda, da Polícia Civil. O filho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira foi ouvido por mais de duas horas ontem. O amigo dele, Vinícius Balian Racca, 22, que estava no banco do carona, também depôs. Thor chegou à delegacia em carro blindado por volta das 9 horas, com cinco seguranças e dois advogados, além de assessores de imprensa.
Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia, o ajudante de caminhoneiro Wanderson estaria “no meio da pista” quando foi atropelado pelo veículo Mercedes SLR McLaren prata, conduzido por Thor. Segundo Arruda, uma terceira perícia deve ser providenciada no carro nos próximos dias para esclarecer dúvidas técnicas. Após a primeira inspeção, o carro foi liberado.
O resultado das primeiras análises deve ficar pronto na próxima semana. A Polícia acrescentou que “a marca de frenagem do veículo foi encontrada na parte do centro da pista para o canto”. O automóvel, porém, tem sistema de freios ABS, que, segundo especialistas, não trava as rodas e nem deixa rastro.
Eike Batista contratou o ex-ministro da Justiça, de 2003 a 2007, Márcio Tomaz Bastos, para defender Thor. Questionado sobre a necessidade da contratação de Bastos, especialista em Direito Criminal conhecido por cobrar um dos honorários mais caros do país, Eike defendeu-se no seu Twitter: “Só contrato o melhor. Algum problema?". (das agências de notícias).