Fen�meno de bilheteria, filme cearense desbanca "Smurfs 2" no Estado Comente

Publicada em 14 de Agosto de 2013 �s 12h00

(Edmilson Filho), em cena do filme "Cine Hollyúde" � Imagem: Reprodu��oClique para ampliar (Edmilson Filho), em cena do filme "Cine Holly�de" Os n�meros impressionam: 23 mil espectadores apenas no fim de semana de estreia, em modestas dez salas de cinema de Fortaleza, Caucaia, Limoeiro do Norte e Sobral. Fen�meno instant�neo de p�blico no Cear�, "Cine Holli�dy" entrou n�o s� para o top 10 dos filmes mais vistos no pa�s, disputando com produ��es milion�rias, mas para a hist�ria do cinema local. As salas ficaram abarrotadas. A m�dia de 2.293 espectadores por sala nos primeiros tr�s dias desbanca em muito o atual l�der de bilheteria no Brasil, "Os Smurfs 2", com 613. O n�mero fica acima at� do desempenho de "Homem de Ferro 3", campe�o de bilheteria do ano, que teve uma m�dia de 1.470 espectadores por sala em sua estreia. Segundo o portal Filme B, especializado no mercado cinematogr�fico brasileiro, o longa or�ado em R$ 1 milh�o foi respons�vel por 44% do p�blico nos cinemas de Fortaleza, faturando R$ 268 mil. Cerca de 300 mil espectadores s�o esperados pela produ��o at� o final do ano, 120 mil deles no Cear�. Tudo isso, ressalta o diretor Halder Gomes, "sem tirar os p�s do ch�o". Para ele, tamanho sucesso � fruto de um "laborat�rio" que fez ao lan�ar nas locadoras do Cear� o premiado curta "Cine Holi�dy – O Astista Contra o Caba do Mal" (2004), que deu origem ao filme. A "pr�via", conta, teve recep��o calorosa. "O sucesso tamb�m vem da soma de acertos mercadol�gicos, estrat�gicos, de produ��o, distribui��o, al�m, claro, da qualidade do produto", acredita. Outro fator preponderante na constru��o do fen�meno, diz o diretor, � maneira em que captura a cultura do povo cearense. O elenco, por exemplo, � composto quase todo por atores locais, do munic�pio de Senador Pompeu, a 275 km de Fortaleza. As falas, em leg�timo "cearens�s", trazem refer�ncias �s artes e ao cinema do Estado e s�o legendadas, para facilitar o entendimento das plateias. "Este gancho tem atra�do muito o p�blico: nossa maneira de falar, nosso humor e felicidade. Mas o filme tamb�m causa surpresa, ao contar um epis�dio de supera��o, num contexto que faz parte da nossa hist�ria: o da morte dos cinemas de interior." No dia 30 de agosto, o filme estreia em 11 capitais do Norte e Nordeste: Manaus, Bel�m, Macei�, Salvador, S�o Lu�s, Jo�o Pessoa, Campina Grande, Recife, Teresina, Natal e Aracaj�. Sobre chegar ao Sudeste, maior mercado nacional, Gomes acredita ser poss�vel em setembro ou, no mais tardar, em outubro, caso a resposta do Norte e do restante do Nordeste seja igualmente positiva. "Acertamos com a distribuidora [Downtown] e colocamos o trailer do filme em "Minha M�e � uma Pe�a", no Norte, no Nordeste e tamb�m no Sudeste. E as pessoas simplesmente n�o paravam de rir, inclusive no Sudeste." Saber falar com o p�blico Ambientado na d�cada de 1970, "Cine Holli�dy" conta a hist�ria do quixotesco Francisgleydisson, um cearense que usa a criatividade e o humor para tentar salvar as salas de cinema de uma cidade interiorana, ap�s a chegada dos primeiros aparelhos de televis�o. Quarenta anos depois, o exemplo do filme leva � pergunta: como salvar o cinema dos blockbusters super produzidos? "O filme simboliza uma forma interessante de fazer cinema: tem protagonistas cearenses, legendas em cearense, tudo na contram�o. Ele mostra para o pa�s que, se voc� buscar o seu nicho de mercado e descobrir formas de se comunicar com seu p�blico, voc� ter� sucesso."

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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