Piaui em Pauta

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Proposta foi feita pelo presidente Francisco Guedes durante mesa redonda no FOTI

Fapepi propõe criação de comitê técnico para elaborar plano de CT & I do Piauí

Publicada em 27 de Setembro de 2015 �s 11h30


  												I Fórum de Tecnologia, Inovação e Ciências do Piauí						 (Foto:Divulgação)					I Fórum de Tecnologia, Inovação e Ciências do Piauí (Foto:Divulgação)

O último dia do I Fórum de Tecnologia, Inovação e Ciências do Piauí (FOTIC’s), foi marcado por importantes interlocuções sobre a importância de um Marco Regulatório que possibilite maiores investimentos empresariais no estado, a partir do desenvolvimento de um Polo de Tecnologia. O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), Francisco Guedes, participou da mesa junto com outras autoridades do Governo do Estado, professores e empresários. Durante o debate, Francisco Guedes apresentou uma análise feita pela Fapepi do projeto de lei 2177/11 que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A nota técnica foi produzida com base na atual Lei de Inovação Tecnológica Brasileira, a Lei nº 10.973/04. O projeto foi aprovado pela Câmara Federal em 09 de julho desse ano e tramita no Senado. O presidente fez, então, uma proposta que seja específica para o estado. “Essa é a contribuição da Fapepi para que tudo o que foi discutido e proposto aqui no FORTIC’s tenha uma continuidade. É preciso fortalecer essa articulação entre governo, academia, institutos de pesquisa e o setor empresarial. Por isso propomos a criação de um comitê técnico com representantes de todas as esferas que estiveram presentes para que, em um prazo de 60 dias, possamos apresentar uma proposta de lei da Ciência, Tecnologia e Inovação para o Piauí”, colocou. O presidente fez uma avaliação positiva do evento, do qual a Fapepi foi uma das entidades apoiadoras, e ficou impressionado com nível das palestras e dos participantes.

O consultor de cenários e gestão estratégica da Porto Marinho Ltda, Claudio José Marinho Lúcio, proferiu palestra sobre o Porto Digital Recife, o maior parque tecnológico de empresas de Tecnologia de Informação do Brasil. Claudio Marinho parabenizou a realização do evento e destacou a importância de iniciativas que tenham o apoio do poder público. “Fiquei curioso com algumas iniciativas que foram apresentadas. Tem empresas que estão empreendendo de forma inovadora com soluções para o setor público. É uma forma de melhorar os serviços para a população, além de ampliar a arrecadação de impostos”.

Marinho disse ainda que a mobilização das universidades em descentralizar seus centros de pesquisa é uma contribuição importante para a criação de um Polo de Tecnologia. Como exemplo, ele mostrou dados que colocam Parnaíba a frente de Teresina no percentual de matrículas acadêmicas na área de ciências da computação. O Porto Digital de Recife é um parque tecnológico urbano criado há quase 15 anos. Reúne, hoje, 250 empresas ao redor do centro histórico que foi totalmente revitalizado para esse propósito, através de parcerias público-privadas. Em 2013, o parque recebeu a Conferência Nacional de Parques Tecnológicos que discutiu sobre cidades e o impacto de Pesquisa e Desenvolvimento na vida urbana. As empresas do Porto Digital de Recife possuem faturamento superior a um bilhão de reais e contam com oito mil colaboradores.

O empresário Fábio Pagani, presidente da im@ Informática, explanou a questão do Marco Regulatório utilizando o exemplo da cidade de Campinas, em São Paulo. Segundo Fábio, o Marco Regulatório é importante para definir claramente as regras e modelos para empresas que venham a se estabelecer na região. “Isso dá segurança institucional. É preciso que o Piauí faça sua legislação e que as cidades que comecem também a pensar da mesma forma”, afirmou. Entretanto, Fábio Pagani alertou para a importância de as empresas não criarem projetos dependentes do poder público e nem que visem apenas o mercado interno.

“Para sair dessa inércia, a ajuda do governo é essencial. Somente o poder público pode proporcionar a partida, mas, manter o caminho é trabalho das empresas. O estado é indutor e regulador, mas as empresas devem ter estratégias que as tornem independentes. As verdadeiras riquezas vêm de fora. É preciso vender para estados mais ricos e países mais ricos”, enfatizou. Fábio Pagani também reconheceu a motivação dos participantes do FORTIC’s que, para ele, devem ser “pessoas” motivadas antes de serem autoridades governamentais e municipais. Ou seja, preocupar-se com o desenvolvimento do país, estado e município é papel de cada cidadão.  



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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