Piaui em Pauta

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Fapepi comemora crescimento de apoios para organizações científicas

Publicada em 03 de Junho de 2016 �s 15h00


  																		 (Foto:Luiz Carlos Júnior)					(Foto:Luiz Carlos Júnior)

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) está comemorando o fato de, nesse mês de junho ter apoiado 13 eventos através do edital 005/2016 – programa de auxílio à organização de evento científico. Tal resultado é fruto da articulação do presidente Francisco Guedes que, mesmo com as dificuldades econômicas e políticas que o Brasil enfrenta, vem conseguindo apoio do Governo do Estado e de outras instituições públicas e privadas, garantindo assim o apoio às quatro linhas prioritárias de atuação da Fapepi: a inovação, a interiorização, a internacionalização e a popularização da ciência e tecnologia noPiauí.

“É na dificuldade que aparece a oportunidade de crescer com as parcerias. Se eu tentar, posso conseguir. Mas se eu nem tentar é certeza que não consigo”, declara Francisco Guedes.

Nessa quinta-feira (2), a Fapepi participou das solenidades de abertura de três eventos científicos. O II Encontro Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI) tem como objetivo prestar serviço de utilidade à comunidade científica e tecnológica, palestras na área de propriedade e valoração da tecnologia, na área de proteção de softwares, para o maior desenvolvimento socioeconômico do Brasil. “Mais do que pesquisar, é fundamental assegurar a patente do processo ou do produto inventado, resultado da pesquisa. Além disso, é necessário convencer as empresas ou o governo de investir no resultado da pesquisa para beneficiar a população e ganhar dinheiro porque, de nada adianta ter uma grande pesquisa, ter gerado um grande invento ou gerado mais conhecimentos, depositar e receber a patente, e a população não ser beneficiada com a aplicação do resultado dela. Esse é um processo longo que temos que acelerar e é através das parcerias que estamos buscando ampliar para beneficiar mais a população”, destacou o presidente da Fapepi na abertura do ENPI no auditório do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O evento segue até sexta-feira (3).

“O encontro é uma proposta de disseminação da propriedade intelectual no estado e vem para promover a aproximação entre o setor produtivo e a academia”, explicou a Coordenadora do Núcleo de Inovações Tecnológicas da UFPI, Maria Rita Santos.

A Fapepi também esteve presente na cerimônia de abertura do I Seminário de Zootecnia: Potencialidades da Produção Animal, da Escola Família Agrícola (EFA) na localidade rural de Baixão dos Carlos, situada na zona rural de Teresina. A escola aloja cerca de 90 alunos cursando o ensino médio atrelado ao nível técnico em zootecnia. O evento tem por objetivo capacitar ainda mais os jovens em formação como ressaltou a professora Isabel Carvalho de Amorim, uma das idealizadoras do evento. “Queremos levar a tecnologia discutida nesse seminário para o campo, potencializando especialmente o desenvolvimento e criação na produção animal”, contou.

A Fapepi esteve no evento representada pelo diretor administrativo e financeiro, Wellington Camarço, que explanou para os alunos a missão e o papel desenvolvido pela fundação: “A Fapepi apoia eventos, incentiva, concede bolsas, proporciona a capacitação cientifica e estamos crescendo muito desde 2014”. Ele ainda ressaltou que até agora já foram lançados sete editais de apoio e que a previsão é que sejam lançados outros dez editais até o final do ano.

Para Gardênia Damásio, superintende geral da Fundação Padre Antônio Dante Civiero (Funaci), participante da coordenação de todas as EFAs do Piauí o evento consolida um trabalho de dedicação e de crescimento: “Nós nos propusemos a ofertar para os alunos discussões e palestras informativas e assim contribuir para o desenvolvimento da agricultura familiar no Piauí. ”

O secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), William Carvalho, também participante da solenidade de abertura do evento, reforçou a importância dos eventos que levam o conhecimento científico para os estudantes e lembrou da relevância de instituições de apoio como a Fapepi. “A Fapepi é uma instituição forte do estado do Piauí e que precisa ser ainda mais reforçada porque com ciência podemos revolucionar o país, mas sem ciência continuamos na idade da pedra”.

Quem reiterou o pensamos do secretário da SBPC foi a diretora da EFA, Maria de Jesus Oliveira falou sobre a importância dos parceiros na organização do evento e na continuidade da sua realização: “Queremos já agendar esse evento para uma realização anual e que cada ano seja melhor com mais e mais parceiros”.Várias outras instituições marcaram presença como a Universidade Federal do Piauí (UFPI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Colégio Técnico de Teresina (CTT), além de representantes do Pronatec, Sebrae e Codevasf.

De volta à Universidade Federal do Piauí, a Fapepi participou da abertura do Workshop Internacional de Biodiversidade do Solo. O evento, que acontece até sexta (3) no auditório do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UFPI, é organizado pelo grupo de pesquisa em ecologia microbiana do solo da Região Meio-Norte. A coordenação é do professor doutor Ademir Sergio Ferreira de Araujo. O workshop integra a programação do projeto “biodiversidade de solo e plantas no Parque Nacional de Sete Cidades” que foi apoiado pela Fapepi através do edital do Programa de Apoio a Núcleo de Excelência (Pronex) voltado para grupos de alta competência no setor de sua atuação. Relembre a matéria completa sobre o Pronex publicada na Sapiência nº 38.

Para o Diretor Técnico-Científico da Fapepi, Albemerc Moura de Moraes, “a Fapepi está cumprindo sua missão no fomento à pesquisa e inovação e popularização da ciência. A realização de eventos chega na culminância da pesquisa, especialmente este que foi um projeto financiado pelo Pronex, executado desde 2013, e o professor agora apresenta resultados para colaboradores de outros estados e até outros países para discutir um tema tão importante na área de solos”.

O professor Ademir Sergio agradeceu o apoio da Fapepi na realização do evento. “Neste momento apresentamos cerca de 90% dos resultados da pesquisa. Temos uma conquista praticamente plena com a possibilidade de colocar ao público o que foi trabalho nesses quatro anos. O próximo passo é mostrar de forma mais abrangente através das publicações científicas. E agradecemos aos nossos órgãos financiadores, como a Fapepi, por nos proporcionar essa experiência”,

A vice-diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e subcoordenadora do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UFPI, professora doutora Regina Lúcia Ferreira Gomes considerou a realização do workshop uma conquista para a comunidade acadêmica porque apresenta os resultados de forma mais rápida e desperta o interesse dos estudantes. “Acho extremamente importante a realização desse evento internacional aqui. Normalmente os resultados dos nossos projetos chegam até a comunidade depois que a gente publica os artigos e isso as vezes demora. O evento demonstra mais rápido esses resultados e de forma muito mais abrangente. Além de despertar o interesse dos estudantes. Pro centro de ciências agrárias, para os programas de pós-graduação e para o Piauí. É uma forma de prestar contas da equipe que recebeu o recurso para realizar a pesquisa.”

Luiz Fernando Carvalho Leite, chefe geral da Embrapa Meio Norte, também destacou o apoio da Fapepi e explicou a importância do tema para o Piauí e o Maranhão. “Quero congratular a Fapepi pela oportunidade concedida à academia para elaborar projetos que contribuem com o desenvolvimento da agricultura do estado. Essa iniciativa permitiu não só a elaboração de um projeto de pesquisa em campo como a formatação de eventos como este. Um workshop sobre biodiversidade do solo com palestrantes do país e de fora do Brasil. Iniciativa excelente a partir de um edital lançado pela Fapepi. Hoje, temos uma infinidade de debates para área de ciências do solo, desde do momento que o agricultor limpa a área e tem a necessidade de aplicar os fertilizantes até a colheita. Em todo o processo há a necessidade de identificar tecnologias associadas às ciências do solo. É uma área extremamente demandada que temos várias lacunas de conhecimentos e aos poucos estamos formando um rol de estratégias para delinear aí as principais alternativas para os pequenos, médios e grandes produtores do estado do Piauí e também do Maranhão”, declarou.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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