Os moradores da Avenida Centenário, na Zona Norte de Teresina, permanecem sem saber como acontecerá a remoção e indenização das suas residências ao redor do Aeroporto de Teresina Senador Petrônio Portela. A desapropriação tem como motivo a ampliação do aeroporto que, inicialmente, desapropriará 162 famílias residentes nessa avenida.
“Ninguém quer sair daqui. A gente só sai mesmo se for obrigada”, disse a moradora Valésia Portela, comentando que, caso a remoção seja realmente inevitável, todos os moradores querem ser deslocados para residências próximas ao atual local. O morador João Batista Lima citou que existem alguns terrenos nos bairros Memorare, Alto Alegre e Real Compadre, ambos na zona Norte, que podem abrigar todas as 162 famílias. Um abaixo-assinado está sendo organizados para reforçar o pedido.
Nesta sexta-feira (04), moradores e representantes do Ministério Público Federal, Infraero e da Prefeitura de Teresina reuniram-se para mais uma vez debater a desapropriação das famílias.
Para o procurador da república, Keston Lages, antes de qualquer remoção, é necessário o estudo de viabilidade socioeconômica da área e dos seus moradores. Keston Lages também alegou que as indefinições sobre a remoção afetou diretamente a saúde de alguns moradores. “Toda essa indefinição gerou uma aflição em algumas pessoas que vieram a óbito em razão da falta de cautela do poder público”, declarou o promotor.
Já o secretário municipal de planejamento, Washington Bonfim, informou que as remoções poderão ser atendidas através do programa social Minha Casa Minha Vida, incluindo as questões mais delicadas envolvendo os comerciantes.