Familiares e amigos de Laisse da Silva Carvalho, morta na frente do filho de dois anos, realizaram um protesto na manhã deste domingo (20) em Nazária. Eles cobraram justiça e punição do suspeito, preso novamente na sexta-feira (18).
Há um mês, a jovem foi encontrada morta dentro de casa despida e com um corte profundo no pescoço em cima da cama, e o quarto revirado. Segundo a polícia, o filho de dois anos é a única testemunha que pode identificar o autor do homicídio.
"A princípio organizamos esta manifestação pelo o que aconteceu com a Laisse. Nós queremos que seja feita justiça, porque foi bárbaro, o suspeito deve ser punido. A gente não quer que ocorra com outras pessoas e a polícia não deu explicação nenhuma", declarou o tio Carlos César do Carmo.
Para a polícia, Thalisson Francisco Araújo é o principal suspeito do latrocínio (roubo seguido de morte). A família da vítima contesta a linha de investigação e acredita que a jovem foi morta a mando de uma pessoa, por isso deveria ser tratado como feminicídio.
No dia do crime, o suspeito chegou a ser preso horas depois com o celular da vítima, mas foi autuado apenas por receptação e liberado em seguida. Nessa sexta-feira (18), o juiz da Central de Inquéritos determinou novamente a prisão de Thalisson, atendendo um pedido da delegada Luana Alves, do Núcleo de Feminicídio e responsável pelo caso.
Para Larisse da Silva Carvalho, irmã da vítima, o crime não foi latrocínio e sim a mando de uma pessoa. Ela revelou que o filho mais novo de Laisse não associou que a mãe morreu e pergunta por ela diariamente.
"Fizeram isso com ela de uma maneira tão cruel e queremos justiça. A Laisse deixou dois filhos, de 7 e 2 anos. A gente sofre duas vezes, pela perda dela e pela dor das crianças. Não acredito que isso foi latrocínio, porque ele [suspeito] não iria entrar na casa dela só para levar o celular, sendo que tinha televisão e outros objetos", comentou.