O Facebook publicou detalhes de uma operação em que a empresa colaborou com autoridades para desativar uma praga digital chamada de "Lecpetex" e prender seus autores. A operação, divulgada nesta terça-feira (8), começou em dezembro de 2013, quando as primeiras mensagens em massa relacionadas ao vírus foram detectadas.
A praga era disseminada por mensagens no Facebook. Ao abrir o arquivo, um código era executado para baixar os demais componentes do vírus, que incluíam uma ferramenta de administração remota, que dava aos criadores do vírus o controle total sobre o sistema infectado, um código responsável pelo envio das mensagens no Facebook e também um software para realizar "mineração" da moeda virtual Litecoin.
Além de minerar Litecoin, a praga também a "carteira virtual" de outras moedas e monitorava o acesso a websites para roubar senhas. Segundo informações divulgadas pelo Facebook e obtidas junto a autoridades policiais gregas, os autores dos vírus estavam estabelecendo um serviço de Bitcoin para lavar as moedas roubadas.
O Lecpetex teria infectado 250 mil computadores e comprometido 50 mil contas do Facebook. De acordo com o Facebook, os países mais infectados foram Grécia, Polônia, Noruega, Índia, Portugal e Estados Unidos. "Como o Lecpetex se espalha pelas redes de amigos e contatos, a distribuição geográfica das vítimas tende a se concentrar", explicou o Facebook.