Piaui em Pauta

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Nos Caminhos Afro retrata o cotidiano, a cultura e a religiosidade dos descenden

Exposição fotográfica sobre cultura africana encerra no próximo domingo

Publicada em 08 de Fevereiro de 2014 �s 08h31


  												Exposição de Pierre Verger no Museu do Piauí						 (Foto:Catarina Santiago)					Exposição de Pierre Verger no Museu do Piauí (Foto:Catarina Santiago)

Os teresinenses têm até o próximo domingo, dia 16 de fevereiro, para conferir uma das mais belas exposições já abertas no Museu do Piauí - Casa Odilon Nunes, a mostra itinerante Nos Caminhos Afro - Fotografias de Pierre Fatumbi Verger. O Museu traz seis salas preparadas, especialmente, para receber as 170 fotografias feitas pelo fotógrafo francês no período de quase 40 anos. A mostra retrata o cotidiano, a cultura e a religiosidade de descendentes de africanos no Brasil e em mais de 20 países.

Teresina é a segunda cidade a receber a exposição que já passou por Campina Grande e chega a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em março. Goiânia será a última cidade a receber a mostra em 2014.

Nos Caminhos Afro, que continua seu ciclo de itinerância até o fim de 2015, faz parte das oito mostras contempladas na seleção pública do Petrobras Cultural a estrear no circuito Nordeste e Centro-Oeste.  

Para Dora Medeiro, a exposição é uma oportunidade única de conhecer um pouco mais sobre a cultura africana através do olhar atento de Pierre Verger. “O Museu do Piauí foi todo preparado para receber essa exposição. São seis salas, todas climatizadas, com iluminação adequada, prontas para receber os visitantes que têm até o dia 16 de fevereiro para ver as imagens. É uma oportunidade única de conferir o olhar de um grande fotógrafo como Pierre Verger”, disse.

A dona de casa Francinete Barbosa aproveitou uma tarde livre para trazer a filha Lara, de seis anos, para conferir as fotos. Segundo ela, o que mais a atraiu foi saber que a exposição retratava a cultura negra. “Já sabia da exposição há um bom tempo, vi na televisão e sempre que passava por aqui ficava com vontade de entrar. Agora pude vir e trouxe minha filha junto comigo”, conta.

Além das fotografias, o Museu reservou uma sala para exibir “Olhares Nômades” (2005), vídeo composto por 600 fotografias sobre a cultura popular nordestina com trilha sonora original.

Quem visita a exposição recebe ainda uma série de materiais como livreto explicativo que traz informações sobre as expedições de Pierre Verger, o comércio de escravos, ressaltando a importância das fotos de Fatumbi para a visibilidade e valorização da cultura negra a partir de então. O visitante recebe também um conjunto de cartões postais com fotografias desta e de outras mostras promovidas pela Petrobras Cultural.

Fotógrafo-viajante

Os registros expostos no Museu do Piauí nasceram das longas expedições feitas por Pierre Verger entre 1932 e 1970, por vários países de origem africana como Cuba, Haiti, Serra Leoa, Santo Domingos, além daqueles como Brasil, Estados Unidos, Antilhas, México, Guianas e Colômbia, para onde a escravidão atlântica trouxe milhões de africanos, formando as atuais populações negras ou afro-descendentes existentes nesses países.

No Brasil, Fatumbi não retratou apenas a Bahia em sua exuberante presença negra, como é comum se pensar. O fotógrafo fez registros da cultura afro-brasileira também no Rio de Janeiro, Paraíba e Pernambuco.

Um dos pontos fortes da mostra é revelar a proximidade entre os povos de origem afro-descendentes com a África-mãe. São fotografias que vão desde as práticas religiosas africanas e variantes encontradas aqui no Brasil como o Candomblé (BA), o Tambor de Mina (MA) e o Xangô (PE), passando pelo registro de atividades como a pesca e o comércio, até fotos que são verdadeiros trabalhos etnográficos acerca dos agudás, africanos libertos que saíram da Bahia, em1835, e retornaram a costa de Benim, localizada na região ocidental da África.

A exposição, que conta com o apoio do Governo do Estado, através da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), responsável pela Casa de Odilon Nunes, poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 8h às 17h30 e aos sábados e domingos das 8h às 12h. A mostra ficará em Teresina até o dia 16 de fevereiro.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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