Exército bilionário.
Na Marinha, o submarino de propulsão nuclear. Na Aeronáutica, o projeto de uma nova frota de caças. Agora, vem a "contrapartida" do Exército no processo de modernização das Forças Armadas: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), orçado em US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões).
A reportagem, da colunista da Folha Eliane Cantanhêde, está na edição deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Para colunista, Dilma tentará dar marca gerencial a seu governo; leia bate-papo
Decisão do Brasil sobre caças sai 'em três ou quatro meses', diz governo francês
O Sisfron deve ser implantado em três etapas até estar concluído, em 2019, com custo de manutenção anual estimado em até 10% do total do investimento. A expectativa do governo é obter os recursos com financiamento externo de longo prazo.
O projeto original inclui radar de imagem, radares de comunicação de diferentes graus de sofisticação, vants (veículos aéreos não tripulados) e blindados para abranger a fronteira terrestre, com o foco na Amazônia.
A base operacional do projeto serão os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), que passarão gradualmente dos atuais 21 para 49. O custo médio de cada pelotão é de R$ 35 milhões, incluindo pista de pouso (que tem orçamento independente do Sisfron).
Na avaliação do governo, a porosidade das fronteiras (onde o Exército tem poder de polícia desde 1999) é o problema número um de segurança do país. Com o monitoramento do espaço aéreo na região, iniciado com o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), o contrabando e o tráfico de armas migraram para as vias terrestres e fluviais e é por aí que chegam aos grandes centros, como as favelas do Rio de Janeiro.