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Exército da Tailândia decreta lei marcial no país

Publicada em 20 de Maio de 2014 �s 19h30


Exército negou que decisão seja golpe de Estado Exército negou que decisão seja golpe de Estado O Exército tailandês anunciou a imposição de lei marcial "para preservar a lei e a ordem" em meio a uma crise política no país. O anúncio surpresa também concedeu ao Exército amplos poderes para impor sua decisão. Imagem: Reprodução/APExército negou que decisão seja golpe de Estado Os militares insistiram que a medida não se trata de um golpe de Estado. A lei marcial ocorre depois de uma longa crise política, e meses de crescentes tensões entre o governo e a oposição. O assessor-chefe de segurança do primeiro-ministro interino disse que o governo não tinha sido consultado sobre a decisão do Exército. Um porta-voz do Exército disse que a imposição da lei marcial não terá impacto sobre o governo interino, que permanece no cargo. Jonathan Head, correspondente da BBC em Bangcoc, disse que o movimento do Exército - que foi justificado como medida para impedir "grupos mal-intencionados de usar armas de guerra" - foi uma surpresa. Ele disse que o Exército já deixou claro que é responsável pela segurança e a presença de tropas nas ruas deverá ser muito mais comum. Tropas tomaram medidas para impedir partidários camisetas vermelhas pró-governo de se reunirem em seu lugar habitual nos arredores de Bangkok. Os militares tailandeses tomaram o poder pela última vez em 2006. Não há necessidade de pânico Um anúncio num canal de televisão militar disse que a lei marcial foi imposta "para restaurar a paz e a ordem para as pessoas de todos os lados". "O público não precisa entrar em pânico, e pode viver suas vidas normais", disse o anúncio. A Tailândia está atolada no caos político, com a oposição exigindo que o poder seja entregue a uma administração não-eleita designada a reescrever a Constituição. O comunicado militar foi assinado pelo chefe do Exército Prayuth Chan- Ocha, citando uma lei de 1914, que lhe permite intervir em tempos de crise. Ele disse que o movimento foi tomado porque manifestações de massa entre rivais políticos "poderiam afetar a segurança do país e a segurança das vidas e propriedades do público". Na segunda-feira o primeiro-ministro interino Niwatthamrong Boonsongphaisan insistiu que seu governo não iria renunciar, resistindo à pressão dos manifestantes anti-governo. No início deste mês, um tribunal ordenou que a primeira-ministra Yingluck Shinawatra e vários ministros renunciassem. Correspondentes dizem que o impasse na segunda maior economia do sudeste da Ásia piorou desde que Yingluck dissolveu a Câmara baixa do Parlamento em dezembro e um tribunal ordenou sua saída e a remoção de nove ministros no início de maio por abuso de poder. O país está sem um governo funcionando corretamente desde dezembro e não foi capaz de elaborar um orçamento do Estado. A imposição da lei marcial poderia enfurecer os apoiadores do governo, especialmente se for visto como um golpe de Estado, segundo correspondentes. O Exército realizou pelo menos 11 golpes de Estado desde o fim da monarquia absoluta em 1932. Protestos contra o governo começaram na capital tailandesa no ano passado, com manifestantes bloqueando várias partes da cidade. Em resposta, Yingluck convocou eleições gerais antecipadas em fevereiro, nas quais seu partido era amplamente visto como ganhador. Mas os manifestantes interromperam a votação e a eleição foi, mais tarde, anulada. Os partidários de Yingluck acreditam que os tribunais são tendenciosos contra ela e se posicionam a favor da elite urbana no centro do movimento de protesto. A Tailândia tem enfrentado uma luta pelo poder desde que o irmão de Yingluck, Thaksin Shinawatra, foi deposto pelos militares como primeiro-ministro no golpe de 2006.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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