Executados na Indon�sia recusa

Executados na Indon�sia recusaram vendas e cantaram antes de morte.

Publicada em 29 de Abril de 2015 �s 08h38

Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, � vista ap�s a execu��o do brasileiro na Indon�sia na madrugada desta quarta-feira (29) (Foto: Beawiharta/Reuters)
foram fuzilados na Indon�sia na madrugada desta quarta-feira (29) – tarde de ter�a-feira (28) no Brasil – entoaram cantos religiosos enquanto andavam para encarar o esquadr�o que os mataria, disse uma testemunha, que afirmou que eles morreram com “for�a e dignidade”.

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Os condenados – dois australianos, quatro nigerianos, um indon�sio e o brasileiro Rodrigo Gularte – sa�ram se suas celas na pris�o na ilha de Nusakambangan e andaram at� uma clareira feita na floresta, onde as execu��es foram cumpridas.

Mas ao inv�s de baixar a cabe�a em sinal de derrota e resigna��o, todos negaram-se a colocar uma venda nos olhos e entoaram c�nticos religiosos, entre eles "Amazing Grace", at� que o pelot�o come�ou a disparar.
Christie Buckingham, a pastora que acompanhou um dos australianos em seus �ltimos momentos, explicou ao marido que os condenados se comportaram "com for�a e dignidade at� o fim".
“Ela me disse que os oito andaram at� o esquadr�o de fuzilamento cantando can��es de louvor”, disse Rob Buckingham � r�dio australiana 3AW.

Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, � vista em frente a caix�o durante funeral em Jacarta nesta quarta-feira (29) (Foto: Nyimas Laula/Reuters)

A pastora Karina de Veja disse que as vozes dos oito condenados eram ouvidas juntas. “Eles estavam todos louvando seu Deus. Foi tocante. Foi a primeira vez que testemunhei algu�m t�o bem por ir encontrar seu Deus”, afirmou. “Eles se uniram. Cantaram juntos, como em um coro. Os n�o-crist�os, acredito, tamb�m cantaram de seu cora��o”.
Na cidade portu�ria de Cilacap, de onde se chega � ilha de Nusakambangan, um pequeno grupo de pessoas havia se reunido com velas pouco antes da execu��o, cantando tamb�m "Amazing Grace" e cobrindo os prantos dos que pensavam no que estava prestes a acontecer na selva.
Segundo o jornal “Sydney Morning Herald”, o padre Charles Burrows, que deu conforto ao brasileiro Gularte, afirmou que foi especialmente dif�cil para ele, que foi diagnosticado com esquizofrenia e segundo sua fam�lia n�o sabia que iria ser executado.
De acordo com o padre, Gularte, falava com animais e tinha medo de ondas eletromagn�ticas e sat�lites que poderiam vigi�-lo pelo c�u. Eu seu estado conturbado, ele acreditava que a Indon�sia tinha abolido a pena capital e estabelecido um acordo de extradi��o de prisioneiros com o Brasil, o que significaria que ele poderia ir para casa no pr�ximo ano.
“N�o ach�vamos que a execu��o iria acontecer. Mas todos estavam olhando para frente, parece que todos aceitaram seu destino”, afirmou o padre.
Na cidade de Cilacap, �ltimo ponto onde as pessoas em geral podiam chegar, um pequeno grupo de pessoas fez uma vig�lia com velas, tamb�m entoando can��es.
Pouco depois, na ilha, os oito condenados � morte foram atados a um poste e executados por um pelot�o formado por 12 homens. Ao amanhecer seus corpos foram devolvidos a Cilacap dentro de caix�es.
Os familiares seguiam chorando enquanto seus amigos e as pessoas que se dirigiram � cidade portu�ria para dar apoio ajudavam a iniciar a longa viagem de retorno para casa junto com seus entes queridos.
Angelita Muxfeldt, prima do brasileiro Rodrigo Gularte, chorava desolada enquanto um padre, Charlie Burrows, abria caminho entre a multid�o.
Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, � vista ap�s a execu��o do brasileiro na Indon�sia na madrugada desta quarta-feira (29) (Foto: Beawiharta/Reuters)

Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, � vista ap�s a execu��o do brasileiro na Indon�sia na madrugada desta quarta-feira (29) (Foto: Beawiharta/Reuters)

Tags: Executados na Indon� - Os oito homens que - Rodrigo Gularte

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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