O ex-prefeito de Lagoa do Sítio, José de Arimateas Rabelo, teve o pedido de liberdade provisória negado na quarta-feira (16) pela 2ª Câmara Especializada Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Ele e a empregada Noêmia Maria da Silva foram indiciados pela morte da primeira-dama Gercineide de Sousa Monteiro. O crime aconteceu no dia 10 de fevereiro.
O relator do processo foi o desembargador Joaquim Dias de Santana Filho e a negativa do pedido obteve votação unânime. Com a decisão, os dois réus do processo continuam presos e caso sejam condenados pelo homicídio, podem pegar até 30 anos de prisão.
Para comentar sobre o caso, o G1 procurou o advogado do ex-prefeito, Lucas Villa, mas ele não atendeu as ligações.
Entenda o caso
José de Arimateas e a empregada doméstica que trabalhava em sua casa, Noêmia Maria da Silva, foram indiciados pela Polícia Civil pela prática de homicídio qualificado. Os dois são suspeitos de serem os autores da morte da primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide Monteiro, assassinada com um tiro no ouvido enquanto dormia em sua casa.
No primeiro momento, a polícia chegou a acreditar que a morte se deu forma natural pela ausência de vestígios de violência no corpo da vítima, mas exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) em Teresina acusaram que a vítima foi assassinada. Após a descoberta, marido e a empregada foram presos no mesmo dia do crime, mas negam a autoria do assassinato.
Segundo a polícia, José Arimateas matou a mulher por ciúmes, ao suspeitar que era traído. Após suspeito ser indiciado pela Polícia Civil, a Câmara Municipal de Lagoa do Piauí decidiu em votação afastar ele do cargo de prefeito e dá posse ao vice Antônio Ditoso (PTB).