O ex-Policial Militar Alisson Wattson do Nascimento, acusado de matar com um tiro na cabeça a namorada Camilla Abreu em outubro de 2017, negou ter cometido o crime durante a audiência de instrução e julgamento realizada nesta sexta-feira (23) na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, em Teresina. Durante as investigações, o acusado chegou a confessar o crime para a polícia afirmando que houve uma briga e que o disparo teria sido acidental.
Quando questionado se matou Camilla Abreu, ele respondeu “Não fiz isso” e informou à juíza que presidia a audiência, Maria Zilnar Coutinho, que iria exercer seu direito de permanecer em silêncio. Portanto, não responderia às perguntas da magistrada e do Ministério Público (MP).
No início do depoimento, o advogado de defesa, Pitágoras Veloso, informou que não estava preparado para a audiência, pois teria assumido o caso no dia anterior e pediu o adiamento, mas a juíza indeferiu o pedido. O clima foi de grande tensão e revolta durante o julgamento devido às declarações da defesa, que tentaram desqualificar a vítima.
Ao final da audiência, a defesa pediu a revogação da prisão preventiva, a ser apreciada pela juíza Maria Zilnar Coutinho. O promotor Benigno Filho garantiu que vai opinar pela negação da liberdade provisória a Allisson Wattson.
Ao final da audiência, a defesa pediu a revogação da prisão preventiva, a ser apreciada pela juíza Maria Zilnar Coutinho. O promotor Benigno Filho garantiu que vai opinar pela negação da liberdade provisória a Allisson Wattson.
A estudante Camilla Abreu foi morta na madrugada do dia 26 de outubro de 2017. (Foto: Reprodução / Facebook)
Camilla desapareceu na madrugada de 26 de outubro. De acordo com a polícia, na noite anterior ela e o namorado se encontraram na faculdade onde ela estudava e saíram para um bar com uma amiga. Depois de deixar a amiga em casa, os dois ficaram sozinhos e Camilla não foi mais vista.
Após cinco dias de buscas o corpo da jovem foi encontrado em um matagal. O suspeito confessou o crime, apontou o local onde havia deixado a namorada morta e alegou, segundo a polícia, que Camilla morreu com um tiro acidental no rosto. A versão do ex-PM foi desacreditada pela polícia. Ele foi preso em 31 de outubro e permanece até então.
TERESINA