Um ex-militar do exército de 31 anos se apresentou à polícia na manhã desta quinta-feira (4) e confessou em depoimento ao delegado Ademar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, que foi o responsável pelos disparos efetuados contra o veículo em que estava o cantor e ator Chambinho do Acordeon, no dia 30 de janeiro. O homem alega que atirou no veículo por engano, porque pensava estar sendo perseguido após discussão em um bar da Zona Leste de Teresina.
Em entrevista ao G1, o suspeito disse que teve uma discussão em uma casa de shows e homens teriam agredido o seu cunhado com golpes de facão. O ex-militar alega que estava sendo perseguido por esses agressores de carro e ao ver um veículo parecido atirou, mas não sabia que se tratava do cantor Chambinho.
“Eu confundi o carro. Achei que fossem os homens que agrediram meu cunhado. Minha intenção não era atingir o Chambinho, não sabia nem que ele estava no veículo. Agora vou pagar pelos meus atos e esperar a decisão do delegado”, afirmou.
O suspeito estava acompanhado do pai, que soube da tentativa de homicídio contra o Chambinho pela imprensa e questionou o filho se ele estava envolvido no caso, aconselhando-o a se apresentar à polícia.
"Nós decidimos vir até a delegacia porque ele cometeu um erro, mas agiu por impulso. Ele não deveria ter perdido a cabeça, mas é um homem de bem, trabalhador, e não tem passagem pela polícia", diz o pai.
Como o período para prisão em flagrante já expirou, o delegado Ademar Canabrava informou que vai pedir a prisão preventiva do suspeito por tentativa de homicídio e repassar o caso à justiça.
Entenda o caso
O cantor Chambinho do Acordeon, que interpretou Luiz Gonzaga no cinema, sofreu uma tentativa de homicídio na madrugada do dia 30 de janeiro, após se apresentar em uma casa de shows na Zona Leste de Teresina. O artista estava acompanhado da mulher e de um amigo, quando um motoqueiro atirou quatro vezes contra o carro em que estavam. Apenas o motorista ficou ferido.
Horas depois do crime, Chambinho utilizou a sua página no Facebook para relatar a tentativa de homicídio e lamentou a situação. Em entrevista ao G1, ele declarou que o atentado sofrido ficará marcado para o resto da vida.
"Dá medo. É uma coisa que vai ficar marcada para o resto da minha vida. Agora me considero um piauiense legítimo porque nasci de novo", afirmou o sanfoneiro que é natural de São Paulo e filho de pais piauienses.