Ex-diretor da Petrobras, Cerve

Ex-diretor da Petrobras, Cerver� � condenado a cinco anos de pris�o.

Publicada em 26 de Maio de 2015 �s 20h55

�O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� foi condenado a cinco anos de pris�o – em regime, inicialmente, fechado – pelo crime de lavagem de dinheiro. A decis�o do juiz federal Sergio Moro, respons�vel pelos processos da Lava Jato na primeira inst�ncia, � da tarde desta ter�a-feira (26). Esta � a primeira condena��o de Cerver�, que tamb�m � r�u em mais uma a��o penal e j� est� preso em Curitiba.

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Segundo a den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF), Nestor Cerver� adquiriu para si, mas em nome de uma empresa, um apartamento de luxo no Rio de Janeiro com dinheiro que recebeu como propina na Petrobras – a acusa��o de recebimento de propina � apurada no outro processo. Cerver� simulou um contrato de loca��o do pr�prio im�vel para justificar o uso, de acordo com a den�ncia.
O im�vel, localizado no Rio de Janeiro, no bairro de Ipanema, foi adquirido por R$ 1,532 milh�o pela empresa Jolmey. Conforme a den�ncia, a offshore foi constitu�da no Uruguai por Cerver� e o advogado uruguaio Oscar Algorta, e posteriormente no Brasil, quando ingressou no pa�s com capital de R$ 2,6 milh�es. O dinheiro foi utilizado, segundo os procuradores, para adquirir o apartamento, para empreender uma reforma de R$ 690 mil no im�vel, e para bancar impostos e honor�rios de advogados.
Algorta tamb�m era r�u neste mesmo processo criminal, sendo acusado de ter lavado parte do dinheiro desviado com a compra do apartamento em nome da offshore. Por�m, como reside no exterior, a a��o contra ele foi desmembrada deste processo.
Atualmente, o apartamento est� avaliado em R$ 7,5 milh�es, segundo o MPF. Na senten�a, Moro determinou o confisco do im�vel e que, ap�s aliena��o, o produto da venda seja revertido � Petrobras, apontada como v�tima dos crimes antecedentes � lavagem de dinheiro.

O advogado que representa Nestor Cerver� no processo, Edson Ribeiro, afirmou ao G1 que discorda do conte�do da senten�a, e que ir� recorrer. Questionou, ainda, a rapidez com que a senten�a foi publicada, uma vez que as alega��es finais de Cerver� foram apresentadas pela defesa apenas ap�s as 22h de segunda-feira (25).
“Eu estranho justamente essa rapidez. Todos n�s dormimos pelo menos umas seis horas, oito horas. Ent�o, em sete horas foram lidas as alega��es e apresentada uma senten�a com 50 e poucas p�ginas. Denota-se que a senten�a j� estava pronta, aguardava apenas a formaliza��o da entrega pela defesa e mais nada. Esse � um fato de relevo”, afirmou o advogado, que disse ainda que o caso demonstra “total desprezo pelo devido processo legal”.
O MPF protocolou, ap�s a publica�ao da senten�a, uma apela��o pedindo que a pena seja aumentada para nove anos e quatro meses de pris�o. A peti��o requer, ainda, que Cerver� fique proibido de exercer cargo ou fun��o p�blica de qualquer natureza pelo dobro do tempo da pena.
Outro processo
Cerver� foi preso em janeiro ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Gale�o), no Rio de Janeiro. Desde ent�o, est� detido na carceragem da superintend�ncia da Pol�cia Federal (PF), em Curitiba. Ele passou a ser r�u na Lava Jato em dezembro do ano passado juntamente com Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrup��o na estatal; e J�lio Camargo, executivo da Toyo Setal.
Eles s�o acusados de participa��o em crimes como corrup��o contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a den�ncia. Al�m deles, o doleiro Alberto Youssef tamb�m virou r�u nesta a��o penal.
De acordo com o MPF, Fernando Baiano e Nestor Cerver� s�o suspeitos de receber US$ 40 milh�es de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contrata��o de navios-sonda para a perfura��o de �guas profundas na �frica e no M�xico. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerver� no esquema, ainda segundo a den�ncia.
Nestor Cerver� e Fernando Baiano respodem por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Al�m destes crimes, J�lio Camargo responder� por evas�o fraudulenta de divisas e fraudes em contratos de c�mbio. Nesta a��o, Youssef responde apenas por lavagem de dinheiro.

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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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