Obama comenta a queda do voo MH17
Imagem: AP PhotoObama comenta a queda do voo MH17
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (18) que evidências indicam que o voo MH17, que voava de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado por um míssil terra-ar disparado de uma área controlada por separatistas no leste da Ucrânia. "Suas mortes são uma atrocidade de proporções indescritíveis", disse a jornalistas.
Algumas horas antes, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, já havia citado numa reunião de emergência do Conselho de Segurança a existência de "evidências críveis" de que separatistas pró-Rússia e seus aliados russos seriam os responsáveis pela queda do avião da Malaysia
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Obama, no entanto, não apontou possíveis responsáveis diretamente. Ele afirmou que uma investigação confiável internacional precisa ser feita para determinar o que aconteceu.
As evidências indicam que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, que foi lançado a partir de uma área controlada por separatistas apoiados por russos no interior da Ucrânia"
Barack Obama
O presidente americano também disse que é sabido que a Rússia apoia os separatistas, e que nos últimos meses houve um fluxo constante de envio de armas pesadas e equipamentos de artilharia dos russos para os rebeldes. Ele ressaltou que não é a primeira vez que aeronaves foram derrubadas pelos rebeldes.
Obama destacou que Moscou falhou em usar sua influência para fazer os rebeldes respeitarem um cessar-fogo. Russos, rebeldes e ucranianos precisam aderir a um cessar-fogo imediatamente, defendeu. "Acho que é importante reconhecer que este evento chocante lembrou que este é o momento para restaurar a paz e a segurança na Ucrânia", disse.
ONU
Samantha Power disse nesta sexta no Conselho de Segurança que não se pode excluir a possibilidade de que os russos tenham auxiliado os separatistas ucranianos a disparar um míssil terra-ar SA-11 que provavelmente derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines.
Segundo a embaixadora dos EUA na ONU, o avião foi muito provavelmente derrubado de maneira deliberada por um míssil operado na área rebelde no leste do país.
“Por causa da complexidade técnica do SA-11, é improvável que os separatistas pudessem operar efetivamente o sistema sem a assistência de pessoas especializadas, portanto não podemos excluir a assistência técnica de funcionários russos na operação do sistema”, afirmou a embaixadora.
Ela também lembrou ao Conselho que as milícias pró-russas dispõem das tecnologias necessárias para esse tipo de ataque e já derrubaram aviões ucranianos durante o conflito.
Além disso, Samantha Power frisou que no mesmo dia em que a aeronave foi derrubada foram vistos rebeldes com sistemas de mísseis SA-11 na região. A embaixadora lembrou ainda que líderes das milícias separatistas reivindicaram terem derrubado um avião, em mensagem que depois foi apagada.