Os Estados Unidos estenderam o fechamento de algumas embaixadas e consulados fechados neste domingo (4) devido a uma ameaça da rede Al-Qaeda até 10 de agosto, devido à cautela e não a novas ameaças, informou o Departamento de Estado.
O departamento de Estado também informou que um número adicional de representações serão fechadas, totalizando 28 em todo o período - inicialmente neste domingo foram 22.
Ao todo, 19 embaixadas e consulados serão fechados até sábado: os edifícios em Abu Dhabi, Amã, Cairo, Riyadh, Dhahran, Jeddah, Doha, Dubai, Kuwait, Manama, Muscat, Sanaa, Tripoli, Antananarivo, Bujumbura, Djibouti, Cartum, Kigali, e Port Louis.
Representações em Dhaka, Argel, Nouakchott, Cabul, Herat, Mazar el Sharif, Bagdá, Basra e Erbil abrirão na segunda-feira.
Ameaça
Reino Unido, França e Alemanha também decidiram fechar suas embaixadas neste domingo e na segunda-feira, após o anúncio feito na quinta por Washington do fechamento de 22 consulados e embaixadas.
A ameaça de atentados da Al-Qaeda afeta todas as representações ocidentais, advertiu o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Martin Dempsey. As ameaças são "mais específicas", mas não se sabe o alvo exato, diz a agência Reuters.
O alerta de Washington indicava um risco elevado de atentados da rede Al-Qaeda em agosto, "principalmente no Oriente Médio e no norte da África" e "na Península Arábica". Uma reunião sobre as ameaças terroristas da Al-Qaeda foi realizada sábado na Casa Branca.
O fechamento da embaixada da França pode durar "vários dias", indicou o presidente francês, François Hollande, enquanto o Canadá decidiu fechar de forma preventiva sua representação diplomática em Dacca, Bangladesh.
No sábado, a Interpol também emitiu um alerta global de segurança no qual pedia que os países membros desta organização de cooperação policial aumentassem a vigilância frente à ameaça da Al-Qaeda, já que o mês de agosto marca o aniversário de vários "ataques terroristas violentos" em Índia, Rússia e Indonésia.
Em uma gravação que circula nos fóruns jihadistas há um mês, o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, acusa os Estados Unidos de terem armado um "complô" com o Exército egípcio e com a minoria copta para destituir o presidente islamita Mohamed Mursi no início de julho.
Na quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, agradeceu ao seu colega iemenita Abd Rabbo Mansur Hadi, em visita aos Estados Unidos, por sua "sólida cooperação" na luta contra a Al-Qaeda.
A visita de Hadi ocorreu no momento em que Washington realiza várias operações contra os radicais islâmicos no Iêmen, em particular bombardeios de drones (aviões não tripulados), com a autorização tácita de Sanaa, que enfrenta a violência de grupos armados.
A Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), com base no Iêmen e muito ativa, é considerada pelos Estados Unidos o braço mais perigoso da rede extremista no mundo.