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Ao longo dos próximos três anos, o Exército dos EUA vai contratar os melhores hackers que puder encontrar, preenchendo seu novo instituto de guerra cibernética em West Point.
O Exército americano não está de brincadeira. O coronel Greg Conti, presidente do novo Army Cyber Institute, diz ao Army Times: “acho que nós estamos criando uma equipe única que nunca foi feita antes. É um momento muito emocionante… como o início de uma era histórica.” saiba mais Windows 8 vira foco de cibercriminosos Senado aprova projeto de crimes cibernéticos. Entenda Leia mais sobre Crimes cibernéticos
Histórica, de fato. O presidente Barack Obama vem levando a guerra cibernética muito a sério, escolhendo alvos como o Irã e outros países. Além disso, os EUA estão sempre sob ataque, seja de outros países, seja de redes globais de espionagem.
O Army Cyber Institute começa com 75 pessoas, e vai recrutar mais cerca de 25 pessoas por ano. Não serão apenas hackers, no entanto: o instituto reunirá psicólogos, advogados, matemáticos e outros para ajudar o país a ganhar a guerra cibernética que os EUA enfrentam há anos. O Army Times diz que o instituto vai “definir como será travada a guerra cibernética”.
Esta não é a única iniciativa desse tipo nas forças armadas nos EUA. Esta semana, as cinco divisões – Exército, Marinha, Guarda Costeira, Marinha Mercante e Força Aérea – disputam entre si no Exercício de Defesa Cibernética, que ajuda a treinar cadetes em segurança virtual. Durante quatro dias, eles precisam criar redes de computador que resistam a tentativas de invasão criadas pela NSA.
No Brasil, temos o Centro de Defesa Cibernética do Exército (CD Ciber), fundado em 2011 e responsável pela segurança cibernética brasileira. Eles atuaram durante grandes eventos no ano passado, como a Copa das Confederações; é uma espécie de “treino” para proteger a infraestrutura do país na Copa e nas Olimpíadas.
O trabalho deles é muito importante, mas o orçamento do CD Ciber vem sendo cortado ano após ano: R$ 111 milhões em 2012, R$ 90 milhões no ano passado e apenas R$ 70 milhões este ano, mesmo após o escândalo de espionagem da NSA. Para se justificar, o Ministério da Defesa disse ao Contas Abertas, em setembro, que “iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”.