RIO — A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, em inglês) aprovou formalmente neste sábado a vacina da Johnson&Johnson contra a Covid-19, corroborando a decisão anunciada por um comitê de especialistas na última sexta-feira.
Este será o terceiro imunizante à disposição do sistema de saúde americano — a campanha do governo de combate ao coronavírus adota hoje doses dos produtos desenvolvidos pelos laboratórios Pfizer/BioNTech e Moderna.
A vacina da Johnson&Johnson é a primeira entre as aprovadas nos EUA que exige a aplicação de apenas uma dose, em vez de duas. Os primeiros lotes devem chegar ao país nos próximos dias. O presidente Joe Biden comemorou, mas lembrou que os EUA não devem "baixar a guarda".
— Vamos usar todas as formas concebíveis para expandir a fabricação da vacina e progredirmos rapidamente na obtenção de imunizantes — afirmou.
A vacina é de vetor viral não replicante e seu armazenamento deve ser feito em temperatura entre 2 a 8°C, ou seja, pode ficar guardada em qualquer refrigerador comum. Testes clínicos mostraram que sua eficácia global é de 66% e, nos EUA, de 72%. A duração da imunidade, porém, ainda é desconhecida.
Os EUA já registraram cerca de 28,5 milhões de casos de Covid-19, o que representa mais de 8% da população, e mais de 511 mil mortes. Segundo especialistas, levará muitas semanas até que o efeito das vacinas seja visto durante a pandemia. Enquanto isso, o vírus está sofrendo mutações e criando variantes que podem contornar parcialmente o sistema imunológico.
O número de casos diários é atualmente semelhante ao visto em outubro, e muito abaixo dos índices de janeiro — onde, em um único dia, foram registradas 300 mil novas infecções. A quantidade de vacinas começou a aumentar, após um declínio provocado pela onda de frio que atingiu o país. Mesmo assim, a Casa Branca alertou os governadores que ainda não é hora de relaxar nas medidas de controle à pandemia.