O estudante universitário Josivan Nascimento foi vítima de uma agressão enquanto esperava um ônibus na parada do Centro de Ciências da Educação (CCE) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, na manhã deste sábado (28). De acordo com o jovem de 24 anos, ele estava abraçado com o namorado quando foi agredido por um desconhecido na cabeça e no rosto com um bloco de cimento.
“Eu nunca tinha visto ele. A razão para ele ter feito isso eu não sei. Como eu estava com meu namorado, abraçado, primeiramente pensei que tenha sido por homofobia. Mas eu ainda não sei qual foi o motivo, se foi isso mesmo ou injúria”, relatou o estudante em entrevista para o G1, neste domingo (29).
O jovem contou que foi surpreendido pelo agressor. “Ele veio do nada, parou na minha frente e me acertou. Na hora fiquei completamente atordoado, não consegui ver nada. Algumas pessoas que estava lá foram para cima dele e ficaram segurando ele. Alguns queriam bater nele”, afirmou Josivan.
O estudante disse que ficou bastante ensanguentado, porque a pedra atingiu sua testa e seu rosto, chegando a cortar seu nariz e sua gengiva. E que a situação causou revolta em algumas pessoas que testemunharam a violência. “Um rapaz que estava lá ficou muito nervoso e deu um soco no que me agrediu, ferindo a sobrancelha dele”, explicou Josivan.
Segundo o estudante, as pessoas tentaram acionar a segurança do campus da UFPI, mas não foram atendidos. A Polícia Militar foi até o local e levou a vítima e o suspeito para os procedimentos legais na Central de Flagrantes de Teresina.
“Chegando lá o delegado disse que eu não poderia fazer nada, que o máximo que eu poderia fazer era o exame de corpo de delito. Que eu não poderia registrar ocorrência porque meu agressor também tinha sido agredido. Ele só preencheu uma requisição do exame de lesão corporal”, disse Josivan.
Laudo confirma lesões
O estudante foi submetido ao exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Conforme o laudo preliminar emitido pelo órgão, o jovem apresentava lesões contusas provocadas por objeto contundente.
“Eu vou recorrer judicialmente. Tanto pela negligência dos seguranças da UFPI, como pelo descaso dos policiais e do delegado. E também o rapaz. Vou procurar orientação de como proceder”, declarou Josivan.
TERESINA