Publicada em 13 de Maio de 2016 �s 10h23
O governador Wellington Dias reuniu-se, na noite dessa quinta-feira (12), na residência oficial, com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Ziza Carvalho, e técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semar) para tratar de estudos para a construção de pequenas barragens que possam garantir o abastecimento de água e o desenvolvimento do Semiárido, melhorando a convivência com a seca. Na oportunidade, alinharam os projetos para uma reunião que será realizada nos dias 7 e 8 de junho com representantes da Agência Nacional de Águas (ANA).
De acordo com o chefe do executivo estadual, a construção de cerca de 8 pequenas barragens terá um grande impacto social na região. “Tenho o compromisso de trabalhar, de forma integrada, com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Coordenação de Irrigação, integrado também com o governo federal, Embrapa e universidades para garantir pequenas barragens do tipo passagem molhada, que no inverno acumulam água das chuvas e nos períodos de irregularidade hídrica são abastecidas com as águas da barragem mãe”, explica Wellington Dias.
Os projetos devem trabalhar o ponto de vista ambiental prevendo as mudanças climáticas. “Nós acabamos de viver um ano de longa seca e como consequência disso os poços deixaram de ter água. Esses barramentos vão permitir a recarga do lençol freático e formar uma área úmida na qual vai permitir uma vegetação às margens dos rios e vamos ainda fazer uma intervenção para proteger as nascentes dos rios e dos riachos que desaguam no Rio Piauí”, disse o governador.
Para Wellington, essas intervenções tem um lado social muito forte que é garantir renda para os trabalhadores da fruticultura. “Com essas barragens, que tem uma renda bruta de cerca de 4 mil reais pode passar a ter uma renda de aproximadamente de 20 à 40 mil reais anualmente. Teremos a criação de uma nova classe média rural no inteiror do Piauí”, revela Dias.
O governador acrescenta que o Piauí tem recursos para trabalhar a partir deste ano, do contrato com o Banco Mundial e do próprio Estado. "Queremos, a partir da realização desses primeiros projetos, conseguir investimentos junto à Agência Nacional de Águas e o Ministério do Meio Ambiente, que tem funsos específicos para esse fim. Estou muito animado porque a nossa equipe está trabalhando bem. Precisamos de cerca de R$ 150 milhões. Estamos preparando dados para termos bastante êxito”, disse o gestor.
No Piauí, existem 20 barragens com capacidade de armazenagem significativa. Devem ser recuperadas as barragens de Caracol, Bomfim do Piauí, Anísio de Abreu e a barragem do Jenipapo, que é considerada a barragem mãe, com cerca de 250 bilhões de litros da água que abastece as outras.