Publicada em 29 de Abril de 2015 �s 17h25
Governador visita usina eólica em Marcolândia e Simões (Foto:Paulo Barros)
O secretário da Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, Luís Coelho, recebeu na manhã desta quarta-feira (29), a visita de Alfredo Valentino, representante da empresa Energia Nova, especializada na instalação de usinas fotovoltaicas para a produção de energia solar.
Segundo Alfredo Valentino, a visita à secretaria objetiva apresentar os serviços da empresa, uma vez que o Piauí possui elevado potencial solar e a energia ofertada barata, limpa e sustentável, sem qualquer impacto ambiental. “Usamos placas solares de vidro, silício, plástico e cabos. Todos esses materiais tem um valor bem elevado e são recicláveis, não geram lixo durante 30 anos”, revela.
Valentino destaca que é interessante que os empresários da região estejam atentos às ofertas de novas formas de aquisição de energia, como uma alternativa ao uso da energia elétrica. “A energia elétrica é comprada das distribuidoras. O empresário paga pelo uso dessa energia. Se optar pela energia solar, ele vai investir na compra de equipamentos que duram muitos anos; em contrapartida, vai estar produzindo a energia que consome e economizar na conta de energia elétrica”, garante.
O representante da Energia Nova explica que, uma vez contratados os serviços da empresa, esta contrata mão de obra local, oferecendo treinamentos específicos para a finalidade, “além de contratarmos, ainda fazemos o treinamento; o que significa que quando o contrato do serviço acaba, fica aqui um profissional qualificado para trabalhar nessa área”.
O secretário Luís Coelho destaca que recebe por semana cerca de duas empresas que desejam se instalar no estado. “A empresa que estamos recebendo hoje tem um nome internacional, com trabalhos já realizados no Brasil. Eles têm interesse no Piauí por conta da potência solar do nosso estado. E é uma empresa inovadora. Nossa função é abrir as portas a essas empresas, principalmente por serem sustentáveis e garantirem a geração de emprego”, ressalta o secretário.
Luis Coelho garante que é importante o Estado poder contar com empresas que produzam energia limpa e renovável. “Já temos a energia eólica e solar, que são energias limpas. Se pensarmos na energia hidroelétrica, o impacto ambiental é maior, porque embora também seja limpa, ela tem que devastar grandes áreas para dar lugar aos lagos que geram a energia”, observa Coelho.
A ideia proposta pelo secretário é de massificar a presença de empresários no estado, não somente para a geração de emprego e renda; mas, sobretudo, para que os potenciais do Piauí sejam reconhecidos. Viabilidade econômica
O aumento nas tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica está abrindo espaço no mercado para a chamada geração de energia distribuída, produzida a partir de painéis solares fotovoltaicos.
De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pela empresa PSR, especializada em consultoria técnica nos setores de energia e gás natural, a geração distribuída de energia solar já é economicamente viável em 23 estados e no Distrito Federal. Ficam de fora apenas Amapá, Amazonas e Roraima, cujo interesse econômico não é viável.
O cálculo, feito pela PSR, leva em consideração o grau de radiação solar em cada região e a tarifa de energia de cada distribuidora. O levantamento mostra que, considerando as áreas cujas concessionárias de energia estão com as tarifas mais elevadas, há usinas solares que se pagam em menos de seis anos. Segundo o secretário Luís Coelho, considerando os parâmetros, o Piauí é um estado privilegiado, por conta com alta incidência de raios solares.
Outra medida que pode estimular o setor empresarial é a possível isenção do ICMS para a energia produzida por módulos solares.
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