O governo da Venezuela divulgou nesta segunda-feira (4) que o presidente Hugo Chávez "apresenta uma nova e grave infecção respiratória", e o estado dele "continua sendo muito delicado".
Em um pronunciamento feito no Hospital Militar, em Caracas, onde Chávez está internado há 15 dias, e transmitido pela rede de TV estatal, o ministro de Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, afirmou que "houve uma piora na função respiratória" de Chávez.
Ainda segundo o comunicado lido pelo ministro, o presidente venezuelano tem sido submetido à quimioterapia de "forte impacto", entre outros tratamentos complementares. Villegas lembrou que há exatas duas semanas Chávez retornou à Venezuela.
O ministro disse ainda que o comunicado foi divulgado por orientação do vice-presidente, Nicolás Maduro. "O senhor presidente continua aferrado a Cristo e à vida, consciente de seu estado bastante delicado e cumprindo rigorosamente as orientações da equipe médica", afirmou.
No domingo (3), Caracas foi palco de manifestações pró e contra o governo de Chávez. Estudantes pró-oposição e outros críticos do governo marcharam na capital para exigir a prova de que o líder venezuelano ainda está vivo e governa.
No mesmo dia, uma multidão se concentrou na Praça O'Leary para manifestar apoio ao presidente venezuelano. Nesta segunda-feira (4), um grupo de eleitores se reuniu a poucos metros do Hospital Militar de Caracas para expressar apoio e escrever mensagens ao governante.
O presidente de 58 anos voltou ao país no dia 18 de fevereiro, depois de passar mais de dois meses em Havana (Cuba), onde se submeteu à quarta operação para o tratamento de um câncer diagnosticado em 2011. O anúncio do retorno foi feito por Chávez pelo Twitter. "Chegamos de novo à Pátria venezuelana. Obrigado Deus meu!! Obrigado povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento".
Reeleito para a Presidência da Venezuela, Chávez não pôde tomar posse para o mandato 2013-2019, em 10 de fevereiro, devido a sua situação de saúde. O Tribunal Superior de Justiça (TSJ) aprovou, um dia antes da data prevista para a juramentação, que o ato fosse postergado e ainda a continuidade do Executivo liderado pelo vice-presidente. (Com agências internacionais)