Professores que deram aula para Jac Souza Santos dizem não acreditar na atitude do ex-aluno. Durante sete horas, Jac Souza fez um funcionário de um hotel em Brasília (DF) como refém. Armado com uma pistola, ele obrigou o mensageiro do estabelecimento a usar um colete com supostos explosivos e algemou a vítima.
Adriana Ortiz deu aulas para o sequestrador no Instituto Agro-Industrial São José, em Dianópolis (TO) por dois anos, quando ele tinha cerca de 15 anos. De acordo com Adriana, Jac foi um adolescente calmo e muito dedicado aos estudos.
— O Jac é uma pessoa excelente. Eu estou surpresa com a atitude dele. Ele nunca foi um menino de briga. Se você pegar o histórico escolar dele, era um dos melhores alunos.
Luiz Henrique Terra deu aulas de Atletismo, Ensino Religioso e Educação Física para Jac durante seis anos e o definiu como um jovem religioso e equilibrado.
— Foi um dos meus melhores alunos. Eu não estou acreditando nisso. Ele era meu braço direito. Ele foi um exemplo para mim. Sempre era muito participativo nas aulas e não gostava de briga nem de violência.
Ele não apresentava qualquer comportamento anormal, dizem amigos do sequestrador
Segundo Terra, Jac morava no colégio e só visitava a família nas férias de dezembro. O ex-professor conheceu os pais de Jac e disse que a família era muito unida.
Ele não sabe explicar o que pode ter motivado o sequestro, mas lamentou o caminho tomado pela ex-aluno.
— O pai dele faleceu há quatro anos. Ele era um homem muito trabalhador. Eu estou muito decepcionado. Não consigo acreditar nisso tudo que está acontecendo.