O engenheiro Cleto Baratta, um dos dois funcionários da Agespisa presos nesta semana na Operação Rio Verde, da Polícia Federal, usou a internet para fazer um desabafo. Neste sábado (2), em sua conta no Facebook, ele agradeceu pelo apoio da família e amigos após o incidente, que classificou como "ilegal".
Baratta considera que na operação foi "ilegal e injustamente acusado e responsabilizado por crime que não cometi". O engenheiro foi detido na última quarta-feira (30), na operação que investiga responsabilidades pela poluição nos rios Poti e Parnaíba, que cortam Teresina (PI). Na oportunidade, amostras e documentos foram levados da empresa estadual Água e Esgotos do Piauí S/A, contratada pela Prefeitura de Teresina para prestar os serviços de abastecimento e saneamento na capital.
"Gostaria de agradecer a todos pelas manifestações de apoio e solidariedade, que me foram dedicadas, por ocasião do lamentável episódio", disse ainda o engenheiro, que foi libertado no dia seguinte. "Apesar do enorme constrangimento e da agressão emocional de que fui vítima; devo dizer que o carinho de minha família e o reconhecimento de minha inocência pelos meus amigos, foram e estão sendo fundamentais para manter o meu equilíbrio, a serenidade e a compostura face aos citados acontecimentos", acrescentou.
Em coletiva de imprensa na última quinta-feira (31), o advogado da Agespisa, Joaquim Almeida, declarou que a prisão de Cleto Baratta e do diretor de operações, José Dias, foram ilegais, tanto que o argumento da Justiça Federal para libertação dos mesmos teria sido "abuso de poder. O sindicato dos engenheiros também criticou as prisões.
A Operação Rio Verde continua. A Polícia Federal informou que amostras de água dos rios e das estações de tratamento ainda serão analisadas, bem como a documentação obtida na sede da Agespisa. As investigações começaram em janeiro, quando os aguapés voltaram a cobrir o leito do rio Poti por conta da poluição. Uma manifestação chegou a fechar a ponte da avenida Frei Serafim exigindo providências.