Funcionários de saúde esperam para examinar passageiros no desembarque do Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, em Lagos, na Nigéria
Imagem: Sunday Alamba / APFuncionários de saúde esperam para examinar passageiros no desembarque do Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, em Lagos, na Nigéria
Um dos maiores medos da atual epidemia de ebola está se confirmando. A Nigéria, país mais populoso da África, pode se tornar uma nova frente de propagação da doença. Faleceu nesta quarta-feira uma enfermeira que cuidou do americano Patrick Sawyer, que saiu da Libéria e morreu em Lagos, há cerca de duas semanas. Outros cinco casos de febre hemorrágica foram confirmados na capital nigeriana. Acredita-se que todos esses contaminados sejam integrantes da equipe médica que prestou socorro a Sawyer.
Até então, o surto de ebola estava restrito a Serra Leoa, Guiné e Libéria, onde morreram a grande maioria das 932 vítimas registradas desde fevereiro, segundo números atualizados nesta quarta. Sawyer foi o primeiro a morrer na Nigéria, após chegar ao país num voo que partiu de Monróvia, Libéria. Tudo indica que ele contaminou os funcionários do hospital onde foi atendido. Os pacientes estão todos isolados na unidade de saúde. saiba mais Ebola: passageira que saiu da África passa mal em aeroporto na Inglaterra e causa pânico EUA retiram da África dois americanos doentes de ebola Serra Leoa declara estado de emergência por causa do vírus ebola OMS registra mais de 1,3 mil casos de Ebola e 729 mortos África tem maior epidemia de ebola já registrada Leia mais sobre Surto de ebola
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortes, que era de 887 até o dia 2 de agosto, saltou para 932 depois que 45 pessoas morreram entre os dias 2 e 4 deste mês. O número de casos suspeitos, prováveis ou confirmados da doença subiu para 1.711. A Libéria lidera a maioria dos 108 novos casos no período, enquanto o número de casos na Nigéria passou de 4 para 9.
AO MENOS UMA BOA NOTÍCIA
Em meio a novidades sobre a propagação da doença na África, nos EUA, autoridades confirmam a melhora no quadro da missionária Nancy Writebol, de 59 anos, que contraiu ebola na Libéria e foi levada para um hospital americano. Assim como o médico Kent Brantley, que também foi contaminado na Libéria e levado para os EUA, Nancy recebeu uma droga ainda e fase de testes. Os dois pacientes, que estão internados num hospital em Atlanta, na Georgia, melhoraram.
Marido de Nancy, David Writebol expressou sua gratidão ao governo dos EUA pelo retorno de sua esposa. “Estou muito feliz. E sou muito grato. Não estou ansioso, não estou inquieto nem com medo - apenas aliviado”, declarou. Ele contou que há uma semana estavam pensando em preparar o funeral de Nancy, e agora têm razão para esperar.