O Tribunal do Júri da Comarca de Valença absolveu, nessa quinta-feira (13), Noêmia Maria da Silva Barros da acusação do homicídio qualificado contra a ex-primeira dama de Lagoa do Sítio, Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo. O Ministério Público denunciou a empregada doméstica e o ex-prefeito Zé Simão pela morte, ocorrida em fevereiro de 2015.
A empregada foi inocentada por 4 votos a 0 pelos juradores. Eles julgaram que a réu não sabia que a arma de fogo já enrolada numa flanela, entregue pelo esposo da vítima e que ela escondeu na casa da vítima, foi utilizada no crime.
O ex-prefeito Zé Simão também foi absolvido da acusação, em junho deste ano, pelo júri popular na cidade de Oeiras. Ele ficou preso por três anos e foi posto em liberdade logo após a decisão. O Ministério Público recorreu do resultado.
Entenda o caso
Gercineide Monteiro morreu enquanto dormia em sua casa com um tiro no ouvido. A polícia chegou a acreditar que a morte se deu forma natural, mas exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) em Teresina acusaram que a vítima foi assassinada.
As investigações da Polícia Civil apontavam que o crime havia sido cometido pelo marido da vítima, com a ajuda de Noêmia Maria da Silva, 43 anos, empregada do casal. Os dois foram presos no mesmo dia do crime e Noêmia foi solta meses depois.
Em seu depoimento, o prefeito alegou ter matado a mulher por ciúmes, ao suspeitar que era traído. A primeira-dama Gercineide Monteiro e o prefeito eram casados há 13 anos e tinham dois filhos.
Para a acusação, José de Arimateas Rabelo, mais conhecido como Zé Simão, por motivo fútil e previamente combinado com a empregada doméstica, sua amante, efetuou um disparo de arma de fogo no ouvido esquerdo de sua própria mulher, Gercineide de Sousa Monteiro Rabêlo, causando-lhe a morte.