Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que estão em greve desde o dia 3 de junho, ameaçam não realizar as matrículas dos alunos aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que começam na sexta-feira (19).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos da UFPI (Sintrufpi), André Gonçalves, a entrada dos alunos para fazer as matrículas não será impedida. “Não vamos fazer materículas. Nós vamos estar lá somente fiscalizando se está havendo desvio de função de alguns servidores, como os da limpeza e se há contratação de terceirizados para realizar esse trabalho, que é irregular”, disse.
No Piauí, são 2.478 novos alunos que estão aptos a se matricularem nos cursos da UFPI e, segundo o sindicato, a universidade tem autonomia para mudar o calendário de matrículas. “Na Bahia onde professores e técnicos estão em greve a universidade mudou o calendário”, afirmou André Gonçalves.
Na quarta-feira (17) os técnicos se reuniram com a reitoria para buscar um acordo, mas não houve negociação. Eles reivindicam um reajuste salarial de 27%, contratação de novos servidores e diminuição da carga horária de trabalho para 30 horas semanais. “A Justiça Federal determinou que até o dia 22 de junho o Governo Federal negocie com a gente”, lembra o sindicalista.
A Universidade Federal do Piauí se manifestou através de nota, afirmando que as matrículas não serão prejudicadas e se realizarão normalmente nos dias 19, 22 e 23 de junho, conforme o cronograma e que os responsáveis pelas matrículas passaram por capacitação.