Foram necessárias apenas três audiências para que a CPI da Telefonia descobrisse que em cada cidade visitada há uma forma de burlar a lei e enganar os usuários dos serviços prestados pela operadoras de telefonia móvel, fixa e internet e de TV por assinatura. A opinião é da relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputada Margarete Coelho (PP), que foi a Água Branca e Valença, na quinta-feira passada (10), onde a população participou ativamente do debate, denunciando a péssima qualidade desses serviços.
Além da relatora Margarete Coelho, estiveram presentes o presidente da CPI, deputado Cícero Magalhães (PT), e os deputados Flávio Júnior (PDT) e Francisco Ramos (PSB), além de prefeitos, vereadores, líderes comunitários e usuários de telefonia.
"Em cada cidade a gente encontra uma forma nova dessas operadoras de enganar a população", lamentou Margarete Coelho, depois de ouivir de um usuário que a empresa que presta serviço à população de Valença emitiu e cobrou dele três contas no mesmo mês.
Em Esperatina, cidade visitada na sexta-feira (11), a reclamação era relacionada à portabilidade e a cobrança de contas, com os usuários tendo que recorrer à Justiça para conseguir ter acesso aos serviços.
Oportuna
Prefeitos e vereadores dos munícipios visitados e da região onde aconteceram as audiências públicas eligoaram a iniciativa, afirmando que diariamente recebem reclamações das pessoas relacionadas à prestação de serviços de telefonia e internet.
"Os vereadores até tentam resovler o problema junto a essas empresas, mas agora com a CPI e com a força dos deputados, a gente acredita que chegaremos a um denominador comum em realação à telefonia móvel, à internet", disse o prefeito de Valença, Walfredo Val de Carvalho Filho (PSB).