Após uma operação da Polícia Militar realizada na segunda-feira (14), que culminou na prisão de cinco suspeitos de integrar uma quadrilha especializada na explosão de bancos no Piauí, foram divulgadas conversas de celular que mostram como os suspeitos se articulavam para cometer novos delitos.
Segundo a polícia, enquanto os caixas eram detonados, parte da quadrilha ficava em frente à delegacia da região para impedir a saída dos policiais.
Em um trecho da conversa, um bandido negocia o empréstimo de armas.“A situação lá é só pra segurar mesmo o distrito lá. Aí como já tem as MT (metralhadoras). Tava faltando era só esse bicho aí, esse grande (fuzil), entendeu? Aí fica a seu critério aí. Vê se pode fortalecer a irmandade aqui, vê se não tá nas suas condições também”.
Em outro áudio, segundo a polícia, os bandidos também planejam roubar veículo para usá-lo em assaltos. “Tu já deixa um carro aí no jeito ou dois. Lá eu acho que é dois, que não seja mil (potência) tá ligado? Esse primeiro trampo tem que ser “uns carro popular”, que nem esse que tu aí por que a carreira (fuga) é perto e nós já vamos pular pra outros carros, entendeu?”.
Em outra parte do diálogo entre os criminosos, eles também falam sobre os informantes. “Os caras vai chegar domingo aí, vai descer na grande, vai vir por cima entendeu (sic). Aí vai trocar umas ideia com a pessoa lá de dentro da situação (sic). Vai dar uma olhada. Eles vão, e eles vão pra cima e vai desenrolar. Lá vão ver como vai fazer. Aí eu já te dou aí um salve (aviso) aí essa semana”.
Ainda de acordo com a polícia, um motociclista também participa do esquema. Ele vai à frente e informa sobre as blitzen policiais que estão acontecendo. “Blitz na descida da ponte de Timon, quem vem pra Teresina. Passei subindo. Tava vendo que eles tão parando só moto. Aí eles pararam um carro agora”.
Prisões
A Polícia Militar prendeu nessa segunda-feira (14) cinco pessoas, dois homens e três mulheres, suspeitos de serem integrantes de uma quadrilha que explode caixas eletrônicos e pratica tráfico de drogas no Piauí. Segundo o coronel Paulo de Tarso, no local onde o grupo foi preso foram apreendidos armas, drogas, munição e material utilizado em explosões.