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Em audiência, baleado na Banda

Em audiência, baleado na Banda Bandida diz não esperar Justiça e relata sequelas.

Publicada em 20 de Abril de 2018 �s 06h30


A primeira fase do julgamento do cabo do Exército Brasileiro Wanderson Lima, preso acusado de atirar em três pessoas durante a prévia de carnaval Banda Bandida, foi concluída no começo da noite nesta quinta-feira (19). O crime aconteceu em janeiro deste ano no Centro de Teresina. A vítima com maiores sequelas é Paulo Roberto Rodrigues, hoje cadeirante. Ele disse que não tem esperanças de que a Justiça seja feita. O suspeito foi indiciado por três crimes.

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Ao fim da audiência, em que foram ouvidas todas as testemunhas, a defesa do acusado pediu a revogação da prisão de Wanderson Lima. A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal tem 10 dias para apreciar o pedido.

Antes do início da audiência de instrução e julgamento o Ministério Público chegou a pedir adiamento da sessão, porque o promotor Ubiraci Rocha, responsável pela denúncia, não poderia estar presente.

Contudo, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal indeferiu o pedido e determinou a presença do promotor Maurício Verdejo, para assumir o caso apenas nesta fase. Cinco testemunhas de defesa e seis de acusação serão ouvidas durante o julgamento.

Antes de testemunhar, a vítima disse iria declarar a versão dita desde o inicio: “Minha versão é uma só: o rapaz que estava com ele [o cabo Wanderson] veio até mim e a gente discutiu, eu empurrei ele e o militar veio e deu quatro tiros em mim", declarou.

O advogado do cabo do Exército, Marcos Vinícius Brito, afirmou que o militar agiu sob forte emoção após provocação da vítima. "Ele afima ter sido agredido com um soco violento e por isso reagiu para proteger a si e ao amigo". O advogado disse que o cliente foi mal orientado no início e só se apresentou à polícia após três dias do crime, quando o correto seria se apresentar imediatamente ao comandante do Exército.

A arma usada no crime, segundo o advogado, era de propriedade particular, que o cabo alegou ter perdido ao deixar o local dos tiros. A defesa diz ainda que ele não tinha o mesmo treinamento de um soldado de infantaria. “O cabo é um militar 'entre aspas', ele é das forças de engenharia, não recebeu o mesmo treinamento que um combatente", declarou.

“Confio mais na Justiça de Deus que da Terra, porque essa falha muito. Sei que não vai dar em nada”, lamentou a vítima em entrevista ao G1. Bastante abalado e cercado por familiares, ele contou que o crime deixou várias sequelas. Ele hoje, mesmo após cinco cirurgias, está sem o movimento da perna esquerda e perdeu uma parte do intestino. Ele agora está precisando readaptar sua vida, incluindo alimentação.






“Mudou minha vida completamente, eu malhava, não malho mais e preciso de ajuda de todos para fazer qualquer coisa", disse.

Além das sequelas, ele contou que corre o risco de perder completamente o movimento das pernas, porque ainda há um projétil alojado em sua coluna, que pode aumentar a lesão.

Tags: Em audiência, balead - A primeira fase do

Fonte: globo �|� Publicado por: Claudete Miranda
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