Em ato com Pez�o na Baixada, Dilma diz que fez uma parceria consolidada com o PMDB no Rio

Publicada em 25 de Julho de 2014 �s 07h43

Dilma e Pezão juntos em jantar na Baixada Fluminense Imagem: Rafael Moraes / Ag�ncia O GloboDilma e Pez�o juntos em jantar na Baixada Fluminense �� A presidente Dilma Rousseff (PT) participou na noite desta quinta-feira de seu primeiro ato de campanha � reelei��o no Rio de Janeiro, um jantar com prefeitos e ex-prefeitos promovido em uma churrascaria em S�o Jo�o de Meriti, na Baixada Fluminense, acompanhada do vice-presidente Michel Temer e do governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o, que concorre � reelei��o pelo PMDB. O evento faz parte do chamado “Dilm�o”, com o objetivo de mostrar ter for�a entre os prefeitos flumineses, j� que, no in�cio de junho o “Aez�o”, reuniu 60 prefeitos em um almo�o no Rio com 1.800 convidados. Para garantir a participa��o do maior n�mero poss�vel de presen�as, o pr�prio Pez�o e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que esteve no encontro, ligaram para os prefeitos fluminenses. A lista com o total de prefeitos presentes, no entanto, n�o foi divulgada. Foram anunciados pelo locutor os nomes de apenas tr�s prefeitos, quatro deputados federais e seis estaduais. J� Pez�o afirmou, ao discursar, estarem ali 62 prefeitos e 46 ex-prefeitos. Dez dos 11 prefeitos do PT no estado estiveram presentes, segundo o prefeito de Niter�i, Rodrigo Neves (PT). Apenas o de Maric�, Washington Quaqu�, presidente estadual do PT e coordenador da campanha petista ao governo do estado, faltou. Tentando inibir a presen�a de prefeitos no jantar do “Dilm�o”, o l�der do movimento “Aez�o” e presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, ligou para aliados e simpatizantes � candidatura de A�cio e pediu para que n�o comparecessem ao encontro. O mesmo foi feito por outros integrantes do “Aez�o”. O tom dos discursos foram as parcerias firmadas por Dilma, Pez�o, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o ex-governador S�rgio Cabral. Dilma chegou acompanhada de Pez�o e do senador senador Carlos Lupi (PDT). Ao discursar, destacou a amizade com o governador e a import�ncia da parceria: — Conheci o Pez�o e, ao longo do tempo, descobri uma grande humanidade. Ele olha as pessoas com carinho e v� seres humanos. Ele olha para os mais pobres — destacou Dilma, que depois ressaltou a parceria realizada entre ela, Lula, Cabral e Pez�o: — Fizemos uma escolha consciente pela parceria, uma parceria consolidada. Fomos parceiros nas horas f�ceis e nas dif�cieis — disse Dilma, lembrando da trag�dia na Regi�o Serrana em 2011. Sem citar nomes, Dilma criticou os opositores e o pessimismo: — A campanha do Lula foi marcada pela esperan�a, que venceu o medo. Esperamos vencer as elei��es com a verdade vencendo o pessimismo. A Copa foi um momento especial . Diziam que n�s n�o t�nhamos capacidade de realizar a Copa, que seria um inferno com as manifesta��es. Mas tivemos a capacidade de provar que o Brasil tinha a capacidade. A presidente disse ainda “estar entre amigos” no evento: — Eu olho para as pessoas e sinto que estamos numa luta do bem. N�o respondemos as agress�es com agress�es. Respondemos com a verdade de nossas convic��es — afirmou fazendo um balan�o de seu governo. Na sa�da do evento, Dilma disse apenas que est� “muito animada” para a campanha e que vai participar dos quatro palanques no estado. Pez�o, que integra uma alian�a de 17 partidos e que tamb�m apoia os candidatos a presidente A�cio Neves e Pastor Everaldo (PSC), reafirmou que vai pedir votos para Dilma e que quest�es partid�rias n�o v�o interferir em sua boa rela��o com a presidente. Nacionalmente, o PMDB apoia a reelei��o da petista. — Nossa alian�a est� acima dessas quest�es partid�rias — afirmou Pez�o a Dilma, numa refer�ncia �s candidaturas ao Pal�cio Guanabara de Lindbergh Farias (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Anthony Garotinho (PR). — A senhora (Dilma) foi uma das maiores amizades que eu fiz na pol�tica e nada vai nos separar — acrescentou. PAES REFOR�A APOIO A LUPI NO SENADO Ao discursar, o prefeito do Rio Eduardo Paes declarou voto ao candidato Carlos Lupi ao Senado, lembrou de parcerias entre os governos federal, estadual e municipal, al�m de ironizar as alian�as feitas por candidaturas no estado. Na chapa de Pez�o, a vaga para o Senado � ocupada pelo vereador e desafeto de Paes, o ex-prefeito Cesar Maia. — � a �nica qu�mica, a �nica mistura que pode dar certo. J� o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido), um dos articuladores do movimento "Dilm�o", lembrou da parceria firmada entre Dilma, Lula, Cabral e Pez�o em programas e obras no estado. Antes da chegada da presidente, Alexandre ressaltou que Dilma conta com o apoio de nove dos dez prefeitos que governam as maiores cidades fluminenses em popula��o. Cardoso desconversou quando foi indagado se a campanha petista n�o via problemas em Pez�o ter anunciado que tamb�m abrir� seu palanque para A�cio Neves. — O Pez�o me disse que vota em Dilma — disse Cardoso que, depois afirmou que alguns prefeitos das regi�es Norte e Noroeste (reduto eleitoral do ex-governador e candidato ao Pal�cio Guanabara Anthony Garotinho) justificaram a aus�ncia no jantar em fun��o da dist�ncia do mau tempo, que dificultaram o deslocamento. PREFEITO PETISTA DECLARA APOIO A PEZ�O Prefeito petista de Niter�i, Rodrigo Neves, ao discursar, fez compara��es dos 12 anos dos governos Dilma e Lula com oito anos da gest�o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Rodrigo ainda chamou Pez�o de “nosso governador”. O prefeito foi um dos petistas que n�o abra�aram a campanha do senador Lindbergh Farias, candidato do PT ao governo do Rio. Um dos prefeitos aguardados, Nelson Bornier (PMDB), de Nova Igua�u, n�o compareceu. Ele alegou outro compromisso. Bornier, que esteve no lan�amento da candidatura de A�cio no Rio, tem afirmado que apoia Dilma a pedido de Pez�o e que aguarda uma contrapartida de Dilma para se manter na campanha. O prefeito cobra libera��o de verbas e conv�nios por parte do governo federal. Lupi, ex-ministro do Trabalho do governo Dilma que foi afastado do governo em meio a den�ncias de irregularidades em sua pasta, foi o causador da mudan�a na composi��o da chapa de Pez�o. Com o lan�amento de sua candidatura independente, o PDT deixou a alian�a e o senador Francisco Dornelles (PP) assumiu a vaga de vice, no lugar do pedetista Felipe Peixoto. Dilma, que demitiu Lupi, fez elogios ao candidato ao Senado durante seu discurso. CRISE NO PT FLUMINENSE O lan�amento da campanha de Dilma no Rio, ao lado do peemedebista Pez�o, provocou uma crise no PT fluminense, que tem como candidato ao Pal�cio Guanabara o senador Lindbergh Farias. Al�m de Pez�o e Lindbergh, a base aliada da presidente ainda possui como candidatos o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB). — No caso de Lindbergh, Garotinho e Crivella, propomos eventos p�blicos. Aqui (no jantar), de todas as propostas, foi o mais r�pido para ser organizado. Eu diria que, se eu fosse candidato a governador, optaria por fazer o �ltimo evento, que talvez aconte�a em um momento mais intenso da campanha. Temos que saber administrar. Uma campanha no estado em que a presidenta tem quatro candidatos, sempre vai ter algum tipo de reclama��o. Faz parte do processo — afirmou o coordenador de campanha de Dilma no Estado do Rio, o vice-prefeito do Rio Adilson Pires (PT). Para conter o mal-estar provocado pelo primeiro ato de campanha da petistas e por agendas frequentes com Pez�o, o n�cleo pol�tico de Dilma acertou a realiza��o de eventos de rua com os tr�s aliados. Nesta sexta-feira, o presidente nacional do PT e coordenador nacional da campanha de Dilma, Rui Falc�o, se encontrar� com Lindbergh, Garotinho e Crivella. No entanto, a prioridade de Lindbergh � pedir votos na rua ao lado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O evento de Dilma com os prefeitos aconteceu no munic�pio governado pelo prefeito Sandro Mattos (PDT), principal aliado de Lindbergh e onde fica o maior comit� eleitoral do petista. Para receber o jantar do movimento “Dilm�o”, a churrascaria foi isolada por um forte esquema de seguran�a da Presid�ncia da Rep�blica. No interior do sal�o da churrascaria foram colocados pain�is de Dilma com Pez�o. Na trilha sonora, jingles de Dilma e Pez�o e um samba criado por compositores da escola de samba Grande Rio sobre o Arco Rodovi�rio, inaugurado pela presidente. Na tentativa de ver Dilma, moradores da regi�o se concentraram em um posto de gasolina pr�ximo � entrada da churrascaria, assim como cabos eleitorais do candidato Pez�o. O jantar custou cerca de R$ 15 mil — sem incluir a bebida — e foi pago pelos prefeitos Cardoso, Paes e Rodrigo Neves, de Niter�i.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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